Ansiedade nos domínios do espírito, de certo modo, assemelha-se ao defeito de instalação no engenho elétrico, provocando curto-circuito.
Imprevidência, atraindo desastre.
Consumo desnecessário de energia impedindo a função oportuna da máquina.
E não é só. Quanto desgaste inútil em forma de doença, a se revelar através de obscuros desequilíbrios no corpo e na alma?
Ansiedade não é esperança, porque a esperança é paciência operosa, trabalhando pela realização daquilo que espera.
Expectação aflitiva é tensão destruidora, obstaculando a construtividade da ação.
A vida não avança e não melhora, nem com inércia, nem com inquietação. Se dificuldades atravessam a estrada, apoie-se na confiança.
Os Poderes Maiores que garantem os movimentos da Terra, no espaço cósmico, tanto quanto asseguram a existência da clorofila no talo da erva no vale, zelam por você.
Não tema senão a si mesmo, nos pontos vulneráveis de nossas fraquezas íntimas.
Conserve o destemor na consciência pacificada.
A nuvem que estrondeia nos céus não é senão chuva que fertiliza a secura da gleba e eletricidade que purifica a corrupção do ar.
Dores costumam ser os mais preciosos avisos da natureza. Provações quase sempre constituem recursos de elevação que talvez jamais recebêssemos sem elas.
Tenhamos a certeza de que opressão não é fator que ajude a resolver problema algum. Ao invés, agrava as menores necessidades de paz, transformando a insignificância de um sintoma no drama da agonia.
Usemos o conhecimento superior na edificação da tranquilidade em nós.
Recordemos as longas fileiras dos que estão próximos da loucura e da obsessão que os processos da angústia desnecessária levam rumo aos manicômios.
Ouçamos as palavras do Cristo, quando nos adverte, claramente: "não estejais inquietos pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu trabalho."
(Mensagem do livro Técnica de Viver de Kelvin Van Dine/Waldo Vieira.)
Colaboração de Célia Regina