"Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência."
(O Evangelho Seg. o Espiritismo, cap 13/4)
Os serviços de assistência solidária são canais de alívio e misericórdia perante as dores e os testemunhos das calamidades sociais. Muitos buscam a sopa e o remédio nos encontros socorristas, outros solicitam agasalho e alimento. A caridade material em um mundo de expiações e provas é benção de amor e solidariedade que anima e conforta.
Surgem, também, as calamidades ocultas. Aquelas que não são ditas e que ninguém vê.
Suicidas potenciais; deprimidos arredios; pais fragilizados ante o peso dos deveres em família; juízes dolorosamente atormentados pela culpa de sentenças interesseiras; políticos à beira de vender sua honra; corações partidos pela dor da separação de qualquer natureza; pessoas que desistiram de lutar e progredir, escravas de obsessões; crianças lesadas no amor pela ausência de carinho; idosos arrependidos que não se perdoam.
São essas e muitas outras calamidades sutis que atormentam as mentes e enfraquecem corações. Fomes e doenças que exigem medidas de auxílio mais conscientes e devotadas.
Entretanto, saibamos usar de discernimento e altruísmo, empatia e abnegação para aprender a descobrir qual é a verdadeira calamidade que atinge a quantos nos pedem "pão e água".
As dores imperceptíveis e ocultas causam mais destruição que aquelas que os olhos conseguem alcançar.
No burburinho da massa, nos sorrisos enfeitados da falsa alegria e nas passarelas do realce humano há muita fragilidade e sofrimento à espera da nossa sensibilidade. EM MUITOS CASOS, BASTA DIZER, DE ALGUMA FORMA: CONTE COMIGO!
(Trecho extraído do livro "Diferenças não são Defeitos"/Ermance Dufaux/cap. 4)
*os grifos são nossos
Colaboração de Célia Regina