Orgulho
"o orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera."
(Allan Kardec em O Evangelho Seg.o Espiritismo, cap IX, A Cólera)
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
a) Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
b) Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas dos outros em relação ao seu comportamento;
c) Necessita ser o centro das atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
d) Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
e) Menospreza as idéias do próximo;
f) Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal.
g) Preocupa-se muito com sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
h) Acha que todos que estão à sua volta(familiares e amigos) devem girar em torno de si;
i) Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
j) Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de discussões e brigas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade de seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações de sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado de seu próprio posicionamento diante da sociedade, da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".
É preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói!".
(Texto retirado do livro "Manual Prático do Espírita" de Ney Prieto Peres)
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