quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SIMULAR SORRISO???


É possível simular um sorriso sincero?


É possível simular um sorriso sincero?O sorriso é próprio do homem, podemos dizer. No entanto, embora ele traduza nosso caráter humano e sincero, alguns sorrisos às vezes soam falsos. Você sabe por que? Porque, como fez uma equipe de cientistas americanos e europeus, podemos reproduzir “em miniatura” o sorriso de uma pessoa. Micro contrações invisíveis dos músculos de nossa face atestam a autenticidade – ou não – do nosso sorriso… 
                                                       

Em uma conversa, em qualquer situação que seja, muitas vezes somos levados a sorrir e acabamos recebendo um sorriso de volta. Nosso sorriso e o sorriso do interlocutor pode ser sincero ou, ao contrário, demonstrar tédio ou até raiva, no pior dos casos. Desta forma, o sorriso pode traduzir uma grande variedade de sentimentos. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin nos EUA e da Universidade de Genebra (Suíça) fizeram pesquisas com resultados muito claros: eles miniaturizaram os sorrisos de diferentes pessoas e estudaram as micro contrações invisíveis dos músculos envolvidos.

Um sorriso expressa uma emoção positiva real, ou seja, não uma situação inventada ou imaginada. De alguma forma, a pessoa que recebe o sorriso o interpreta. Na realidade, ativamos o mesmo conjunto de músculos que a pessoa que está diante de nós. Para entender o que o outro está sentindo, ou percebemos internamente estas micro contrações, ou nosso cérebro envia aos músculos um comando que nos dá acesso a esta informação.  A teoria se baseia principalmente na descoberta de neurônios espelhos (1990), ou seja, neurônios que se ativam de modo idêntico após terem visto uma pessoa fazer uma ação e quando nós mesmos fazemos esta ação.

Os pesquisadores destacaram este mecanismo projetando para 31 pessoas vídeos de 2 segundos mostrando avatares esboçando diferentes sorrisos segundo os músculos faciais envolvidos. Quando as faces eram mostradas aos participantes, os cientistas observavam a contração de cada um dos músculos faciais dos participantes. Paralelamente, o participante dizia se o sorriso que ele estava vendo era autêntico ou não.

Conclusão: eles faziam um movimento muscular “mimético”, ou seja, que imitava o dos avatares em vídeo. Quando as micro contrações eram intensas o sorriso era considerado mais autêntico, envolvendo a maior parte dos músculos faciais.

Fica a pergunta: podemos simular um sorriso sincero? Potencialmente sim, se ele ativa todos os músculos da face, mas isso sem considerar outros fatores (como a postura da pessoa e a cor da pela dela no momento). Felizmente, agora sabemos que não é tão fácil assim fingir um sorriso.
Source : S. Korb et al., The perception and mimicry of facial movements predict judgments of smile authenticity, PloS ONE















colaboração de Célia Regina 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DRUMMOND DE ANDRADE


                          O Tempo


Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da

janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens
presentes.


Carlos Drummond de Andrade

Foto: Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes.

Carlos Drummond de Andrade

























Colaboração de Celia Regina

terça-feira, 26 de agosto de 2014

FALANDO DE MEDIUNIDADE


Mitos e Verdades sobre a Incorporação
OQueOsEspiritosDizem.com.br_Incorporacao

Os dicionários trazem, como um dos significados do termo
 “incorporar”, a seguinte definição: “Entrar na composição de
 algum corpo ou nele se meter”.
Difundiu-se no meio espírita, erroneamente, o termo 
“incorporar” para definir o fenômeno da psicofonia.

A palavra “incorporar” nos induz a pensar que o espírito que
 se manifesta, se “incorpora” ao médium, ou seja, "se 
apropria"do corpo do médium, ou "ocupa" o corpo do 
médium, para se comunicar. Mas não é absolutamente isso
 o que acontece.
Os fenômenos espíritas não derrogam as leis da física,
 portanto dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço
 ao mesmo tempo. Assim sendo, o espírito comunicante
 não “ocupa” o corpo do médium ao se manifestar - o 
processo se dá através de SINTONIA psíquica, e o
 fenômeno é sempre DE PERSIPÍRITO A PERISPÍRITO.

O PERISPÍRITO

O perispírito é o que o Apóstolo Paulo chamava de “corpo
 espiritual”. É o liame que liga o corpo ao espírito, e é
 através dele que as manifestações mediúnicas são
 possíveis. Todos os espíritos encarnados, e também os
 desencarnados ainda não completamente purificados (ou
 seja, que ainda precisam reencarnar, seja na Terra ou não)
 são revestidos pelo perispírito.

É através do perispírito que as manifestações mediúnicas se
 dão. No caso da psicofonia, erroneamente descrita como
 “incorporação”, é o perispírito do médium que entra em
 sintonia com o perispírito do espírito comunicante, e
 absorve assim suas sensações e pensamentos. O espírito
 não está, portanto, no “corpo” do médium. A ligação de
 ambos é fluídica; em outras palavras, o que se fundem são
 sensações, e não corpos.
Para conhecer mais sobre o perispírito, visite o 

A SINTONIA

Para melhor compreender o termo “padrão vibratório”, 
pensemos nas ondas do rádio: quando uma determinada 
música toca em uma estação, os aparelhos sincronizados 
com aquela estação escutarão a mesma música.

A ligação que se processa nas comunicações mediúnicas, é
 uma ligação fluídica, onde os dois, espírito e médium, 
encontram-se no mesmo padrão vibratório e podem
 comungar das mesmas sensações ou pensamentos.

Mas essa sintonia se dá de “perispírito” a 
“perispírito”. Explica Herculano Pires, no livro 
MEDIUNIDADE, cap.V, “O Ato Mediúnico”, parágrafo 
primeiro: “O ato mediúnico é o momento em que o espírito
 comunicante e o médium se fundem na unidade psico-
afetiva da comunicação. O espírito aproxima-se do médium

 e envolve nas suas vibrações espirituais.


 Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual 

atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque

 vibratório, semelhante
 ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do
 médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea 
alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um
 pouco do outro.”*
E, mais adiante, diz Herculano: O que se dá não é uma
 incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como
 a da luz atravessando uma vidraça.”* (*os grifos são 
meus).

SEMPRE A MENTE, NUNCA O CORPO

É através da ligação psíquica que os Espíritos nos 
transmitem suas sensações e pensamentos, seja nos casos 
de manifestações mediúnicas, seja nos casos de obsessão.

Os Espíritos se ligam aos encarnados através da afinidade 
de interesses, gostos, pensamentos e ações. É o que 
chamamos de “sintonia”. Assim sendo, no caso das 
obsessões, fica claro perceber que os espíritos obses
sores atuam sobre os encarnados através de uma ligação
 psíquica, onde mentes afins comungam dos mesmos
 sentimentos. Por isso se recomendam orações, nos
 tratamentos de desobsessão, pois é através
 da EVANGELIZAÇÃO de ambos (encarnado e
 desencarnado) que o padrão mental se eleva, e a sintonia
 psíquica se dissolve.

No ato mediúnico da psicofonia, o médium empresta voz
 ao espírito, que lhe transmite seus pensamentos e
 também sensações, através da ligação fluídica entre o 
seu perispírito, e o perispírito do médium. É um ato de 
amor e de caridade, e o médium psicofônico deve 
compreender a importância de sua comunhão momentânea
 com os Espíritos elevados, que vem nos trazer conforto e 
ensinamentos, e com os Espíritos sofredores ou obsessores,
que através do ato mediúnico, podem compartilhar suas
 dores, angústias e perturbação mental. A mediunidade de
 psicofonia, comumente chamada de “incorporação”, deve
 portanto ser compreendida pelo médium como uma
 oportunidade de exercer o amor e a caridade cristãs, num
 ato despretensioso de doação fluídica, que deve ser
 acompanhado das mais sinceras preces, pelos irmãos que
 se encontram em sofrimento do outro lado da vida.
Mas o médium deve se aplicar no estudo e na compreensão
 não apenas do fenômeno, mas também da Doutrina 
Espírita, para melhor servir ao Plano Espiritual. Os médiuns
 psicofônicos, trabalhadores das Casas Espíritas, devem
 então compreender que os Espíritos comunicantes se
 ligam às suas mentes, transmitindo-lhes seus 
pensamentos, mas não dominam nem controlam os
 seus corpos.
Os médiuns com possibilidade de grande expansão de
 energias perispirituais são mais flexíveis, e sentem com
 maior intensidade a troca fluídica que se opera entre o 
perispírito do médium e o perispírito do espírito 
comunicante. Daí o médium sentir vontade de chorar,
 quando está ligado a um Espírito em sofrimento; ou sentir
 raiva e revolta, se está ligado a um Espírito violento. Mas, 
salvo nos casos de mediunidade insconsciente, o médium
deve manter o autocontrole, e conter a manifestação do 
Espírito, não cedendo a impulsos de violência e desrespeito
 aos presentes. Gritos, murros na mesa, agressões verbais
 ou quaisquer atos que viriam a tumultuar o ambiente, 
devem ser contidos pelo médium. Isto não é tarefa fácil, 
especialmente para o médium em desenvolvimento.
Cabe ao médium ser fiel ao transmitir o pensamento do 
Espírito comunicante, ou mesmo traduzir os seus 
sentimentos, mas jamais permitir o descontrole, e cabe às
 Casas Espíritos orientar e acompanhar o desenvolvimento 
mediúnico dos médiuns, para que eles possam ter domínio
 sobre suas faculdades, e exercer a mediunidade da
 maneira mais proveitosa possível.
O TOQUE
Devido à falta de compreensão de que a ligação entre
 médium e espírito se dá pelo psiquismo, muitos
 trabalhadores de Casas Espíritas incorrem no erro de 
querer conter fisicamente o espírito comunicante, no caso
 das manifestações mais violentas, ou mesmo demonstrar 
seu afeto e acolhimento ao espírito sofredor, através do
 toque.
A falta de esclarecimento e de estudo da Doutrina, faz com
 que doutrinadores expressem-se fisicamente, segurando
 nas mãos dos médiuns, imaginando assim estarem 
transmitindo ao espírito uma sensação carnal de contenção
 (segurar as mãos para impedir uma manifestação 
exacerbada) ou de compaixão (acariciando a mão do
 médium). Mas é AO MÉDIUM que se está tocando,
 e não ao Espírito. O Espírito não está lá! Está próximo ao
 médium, está ligado fluidicamente ao médium, mas não
 está no corpo do médium! Quando o doutrinador segura 
nas mãos do médium, é exatamente isso que ele está
 fazendo: está tocando O MÉDIUM, e não o espírito!

É preciso que se compreenda que a força que se precisa ter
 é psíquica, e não carnal. Que deve-se expressar 
amorVIBRANDO amor, e não acariciando as mãos do
 médium... Que, ao invés de conter o médium fisicamente, é
 preciso ligar-se aos Espíritos Protetores, através de 
concentração, oração e doação fraterna, para que
CONTENÇÃO FLUÍDICA seja transmitida AO
 PERISPÍRITO do espírito comunicante, e não ao corpo do
 médium! São duas coisas bem distintas...

Os médiuns devem desapegar-se de manifestações 
exteriores, e concentrar-se em oração, buscando um 
padrão vibratório elevado, com o intuito de emanar fluidos 
regeneradores aos espíritos comunicantes. É preciso
 harmonizar o ambiente com ORAÇÕES, e não com mãos
 dadas. Os médiuns que participam de sessões mediúnicas
 e de desobsessão podem colaborar em todas as 
manifestações, mantendo-se em ORAÇÃO pelos espíritos

 comunicantes.

 Ao Doutrinador cabe manter-se em concentração, não
 exteriorizando suas intenções ou sentimentos com gestos 
de afeto ou de contenção, mas preocupando-se em DOAR,
 FLUIDICAMENTE, tudo o que puder para regenerar ou 
acalmar os espíritos sofredores ou necessitados que se 
manifestam, ao mesmo tempo que, através da CONVERSA
 PACIENTE E EDIFICANTE, busca evangelizar o Espírito.

Ao Doutrinardor não cabe JAMAIS o julgamento, mas a 
compreensão. Nunca a ameaça, mas o esclarecimento
 fraterno. Nunca a contenção carnal, mas a fluídica. Se o 
espírito perturbado incomoda e porta-se de maneira
 grosseira, que não sejam os Doutrinadores, nem os 
trabalhadores encarnados, a adotar a mesma conduta, e
 destratar, ameaçar, ou ser impaciente com irmãos 
desencarnados em desequilíbrio, trazidos a nós pelo Plano
 Espiritual, para buscar a LUZ. O Doutrinador que repele o
 Espírito difícil, chegando até mesmo a se recusar a dar 
assistência a esses irmãos, falta com a caridade cristã a
 esses irmãos, e se coloca em débito não apenas com eles,
 mas também com os Trabalhadores Espirituais, que fazem
 a sua parte - façamos nós a nossa!


DE CORAÇÃO A CORAÇÃO

Já dissemos que os Espíritos comunicantes experimentam
 uma sensação fluídica de calor, quando sentem a mera
 aproximação de um Doutrinador que tenha a habilidade de
 vibrar amor sincero e fraterno. A simples aproximação de
 um Doutrinador que esteja em profunda oração, rogando
 sinceramente ao Pai por socorro e conforto, é para o 
Espírito sofredor uma sensação acolhedora de quem é
 revestido por um cobertor, em dias de frio.
O acolhimento, a calma, a confiança, e até mesmo a 
contenção são transmitidos aos Espíritos sofredores
, necessitados ou violentos, pela EMANAÇÃO
 FLUÍDICA dos participantes das Sessões Espíritas. É pela 
emanação fluídica que os trabalhadores espirituais das
 Casas Espíritas se expressam, junto a esses irmãos. Nós, 
encarnados, devemos aprender a fazer o mesmo.

Exercitemos a concentração e a emanação fluídica através 
da oração, transmitindo, de perispírito a perispírito,
 nossos melhores sentimentos de paz, de harmonia e de
 reequilíbrio aos irmãos desencarnados em sofrimento,
 assim como expressamos amor e gratidão aos Protetores 
que nos vêm amparar e ensinar. Vamos compreender o 
poder do nosso psiquismo, e concentrar nossas energias 
para direcioná-las no trabalho do Bem, especialmente 
quando estamos em trabalho nas Casas Espíritas. As 
ligações de alma a alma não se expressam pelo corpo físico 
- amor, compaixão, solidariedade, fé, esperança e gratidão 
são transmitidos de coração a coração, mesmo à distância.

O contato físico não é absolutamente necessário, nos
 trabalhos espirituais; vamos tocar nossos irmãos 
desencarnados com a força de nosso Amor. Vamos deixar 
nossos corações falarem mais alto do que nossos lábios;
 vamos levar a eles nossa compaixão através de 
nossas almas, e não de nossas mãos. Vamos aprender que
 temos, em nossas mentes, um poder que transcende o 
mundo material, e que não conhece distâncias. Vamos nos
 educar a colocar nossas mentes, através de nosso padrão 
vibratório, a serviço do Bem e da Harmonia, seja de irmãos 
encarnados ou desencarnados, aprendendo a nos libertamos
 da influência pesada da matéria, desde nossa presente 
existência terrena.
                                                     Liz Bittar

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Obrigada













Colaboração de Célia Regina
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida..." - Jesus