segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DO ESPÍRITO CHICO XAVIER


O    P A S S E


     O passe dispensa toda e qualquer formalidade. O importante é a doação de amor. A imposição das mãos é um ato de boa vontade. Jesus curava pelo simples toque, todavia, até mesmo o contato físico é dispensável... Ele efetuou inúmeras curas à distância, pela ação de seu pensamento divino. Temos uma tendência a complicar, criando ritualística desnecessária. Na tranmissão do passe, não há necessidade de que o médium esteja em evidente estado de transe... O envolvimento espiritual é mais que suficiente.  A gesticulação excessiva é contraproducente, assim como a respiração ofegante...
             O que determina a eficácia do passe é o mérito de quem o recebe. O médium não passa de agente da Misericórdia do Alto, instrumento, para que determinada prova chegue a termo. Não é o médium responsável pela cura e tampouco o espírito que o assiste na operação magnética - eles simplesmente possibilitam acontecer.  Uma oração por alguém ou um pensamento bom e envolvente, é doação à distancia...   Evitemos complicar o que diz respeito ao coração. Todos somos capazes de interceder em benefício de alguém.  A rigor, não existe técnica para a imposição das mãos, na transmissão do passe.

(do livro "Doutrina Viva" do médium Calos Baccelli, espírito Chico Xavier)

Colaboração de Célia Regina

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

RECADOS DO ALÉM

O mundo pode até não mudar em nada, mas que nós espíritas estejamos nos esforçando por mudar a nós mesmos...

O que fazer? Como fazer? Vejamos então o recado do Dr. Inácio para nós:




NÃO SE ESQUEÇA, MAS NÃO SE ESQUEÇA MESMO!



      Leia os seus livros, discuta as suas teses, exerça a mediunidade, divulgue os postulados de sua crença, enfim, demonstre o conhecimento teórico que, porventura, você já tenha adquirido do Espiritismo...

      Participe de Congressos e Simpósios, Seminários e Reuniões, procurando, assim, ampliar os horizontes de sua compreensão de nossa amada Doutrina...

      Através de blog, site, facebook, etc., com a frequência que desejar, esteja você ao teclado do computador a fim de conectar-se com o mundo, em suas Dimensões Física e Espiritual...

      Todavia, não se esqueça, mas não se esqueça mesmo, de arranjar um tempinho para demonstrar, na prática, o que você já conseguiu assimilar da essência da Mensagem que abraça.

      Pelo menos uma vez por semana – o ideal seria mais de uma vez:

*procure participar do trabalho de confecção de uma sopa na periferia, destinada às pessoas carentes...

*visite alguém que esteja doente, à espera de uma palavra de esperança – pode ser inclusive alguém que faça parte de seu grupo de atividades no Centro Espírita, aguardando a visita dos companheiros que não aparecem...

*participe da Campanha do Quilo, com o propósito de arrecadar alimentos para as famílias assistidas...

*vá até o Lar de Idosos mais próximo (não precisa ser uma Instituição espírita!) e ofereça-se para auxiliar no banho dos velhinhos, ou ainda para lhes dar alimento na boca...

*integrando a “equipe da vassoura”, coopere na limpeza de uma Instituição – não tem nada demais, uma vez por semana, você dedicar-se a lavar banheiros e varrer quintais... (Eu não conheço melhor método de desenvolvimento mediúnico do que este! Mas, caso isto não venha desenvolver a sua mediunidade, garanto que irá livrá-lo da obsessão!)...

*se consegue enfiar linha numa agulha, você, praticamente, está apto a colaborar na restauração de roupas usadas a serem distribuídas com os que vivem ao relento – quem sabe se, por detrás dessa sua carranca, esconda-se um excelente estilista, concorda?!...

*e se, em praticamente tudo, você for uma nulidade como eu sou, a sua presença, com a sua alegria, pelo menos uma vez por semana, será incentivo aos irmãos que necessitam de estímulo na tarefa que executam com a habilidade que não possuímos...

      Claro que a lista acima está muito incompleta, porque você, com o propósito de, no mundo atual, testemunhar a sua fé em Jesus Cristo, felizmente não necessita mais morrer na fogueira ou no caldeirão de azeite fervente...

     Não obstante, meu amigo, se você não souber, ou não se dispuser a sujar de poeira na periferia os seus sapatos sempre engraxados, e não conseguir não se aborrecer, caso a pintura de seu carro seja riscada por algum garoto traquinas, creio que, antes de dizer-se espírita-cristão, você deveria pensar um pouquinho mais!...

                                                                                   INÁCIO FERREIRA

                                              Uberaba – MG, 22 de setembro de2012
    

 Colaboração de Célia Regina












domingo, 21 de outubro de 2012

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS





Missão ou Expiação


Mediunidade é missão ou expiação?
Definir a posição mediúnica é importante.
Como todas as tarefas a mediunidade pode ser exercida com satisfação íntima ou sob constrangimento. E sabemos que o serviço que se cumpre com alegria rende mais e é mais bem desempenhado, ao passo que as tarefas cumpridas com constrangimento, à semelhança de quem realiza doloroso e sacrificial dever, dificilmente alcançam seus objetivos.
Ocupemo-nos ligeiramente de termos.
Expiação é viver as consequências de maus atos.
Provação é testemunhar as nossas aquisições íntimas.
Missão é benefício ao nosso semelhante.
Assim, o mesmo serviço poderá ora ser expiação, ora provação, ora missão - atendendo ao colorido com que a criatura o realiza e que umas poderão desenvolvê-lo com alegria, outras outras com grande sacrifício e algumas sob protestos.
Percorramos uma oficina comum.
Ali se ganha honestamente o pão de cada dia.
Encontraremos, no entanto, reações variadas.
Nos mesmos serviços e nas mesmas condições salariais, sob a mesma técnica e dentro da mesma administração, encontraremos operários que se revelam satisfeitos no desempenho de seus trabalhos e outros que se revelam azedos e insatisfeitos, sem interesse e sem alegria.
O serviço não variou.  As tarefas são iguais.
Para um é missão; para outro expiação.
Pessoas há que  seguem para as reuniões mediúnicas como quem escala doloroso calvário, sob a chibata de seus inimigos e debaixo da ironia de seus algozes.  Tudo lhes é difícil.  O horário, a condução, o abandono das diversões frívolas, o afastamento das visitas inesperadas.
Já outros seguem lépidos, cantantes pela oportunidade de servir em nome do Senhor, quais legítimos obreiros da Boa Nova, colaborando na construção de um mundo mais feliz e mais risonho - onde todos estejam ajustados às Leis da Espiritualidade.
Examinando tais fatos, o médium não deve aceitar que, mediunidade é um pesado encargo que se cumpre inevitavelmente com sacrifício de suas mais caras preferências ou sob a ameaça de algum chicote invisível.  Se se deixar possuir por esse ânimo negativo, o mau humor se instalará em seu coração e a má vontade  será o fruto dessa árvore.
É necessário possuir-se, na expressão do sábio Espírito  Emmanuel, do: espírito missionário, e ter na função mediúnica uma doação celeste; banhar-se nos eflúvios de Jesus que nos confia, embora nossa pequenez, tarefas delicadas e fundamentais, elevando-nos a semeadores da felicidade.
Somente os estudantes apressados poderão classificar a mediunidade como o estigma que demarca os maiores devedores do universo, qual se todos os médiuns fossem meros marginais ou perigosos desequilibrados psíquicos.
Não se viva sob tal indução depressiva.
O médium que se tranforme num mandatário da paz!

(do livro Desenvolvimento Mediúnico - Roque Jacinto - Lição 8)


Colaboração de Célia Regina


 

sábado, 20 de outubro de 2012

PENSE NISTO

                                                   CIÊNCIA E RELIGIÃO






          "Da mesma forma que a religião sem ciência nos conduziu à degradação no passado, na atualidade, a ciência sem religião está nos levando à auto destruição..." - Fritjof Capra -



          " O ser humano precisa da ciência e da religião. São as duas pernas que ele necessita para que ele empreenda uma jornada com o coração..."  - Fritjof Capra




Colaboração de Célia Regina

REFORMA ÍNTIMA

 
 
 
 
 
O CONHECIMENTO DE SI MESMO
 
 
"Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal?
R: Um sábio da antiguidade já vos disse: ' CONHECE-TE A TI MESMO'. "
(Pergunta 919 de O Livro dos Espíritos/Allan Kardec)
 
 
De modo geral, vivemos todos em função dos impulsos inconscientes que se agitam no nosso mundo interior. Manifestamos, sem controle e sem conhecimento próprio, nossos desejos mais recônditos, ignorando suas raízes e origens.
O campo íntimo, onde os desejos são despertados nas mais variadas forma, encontra-se ainda muito vedado diante de um lhar mais profundo.
Refletimos inconscientemente um sem número de emoções, pensamentos, atrações, repulsas, simpatias, antipatias, aspirações e repressões. Somos um complexo indefinidos de sentimentos e idéias que, na maioria das vezes, brotam dentro de nós sem sabermos como e por quê.
Somos todos vítimas dos nossos desejos mal conduzidos. Se sentimos dentro de nós uma atração forte e alimentamos um desejo de posse, não nos perguntamos se temos o direito de adquirir ou de concretizar aquela aspiração. Sentimos como se fôssemos donos do que queremos, desrespeitando os direitos do próximo. Queremos e isto basta, custe o que custar, contrariando ou não a liberdade dos outros. O nosso desejo é mais forte e nada pode obstá-lo; esta é a maneira habitual de reagirmos internamente.
Agindo desse modo, interfirimos na vontade dos que nos cercam e contrariamos, na maioria das vezes, os desejos daqueles que não se subordinam aos nossos caprichos. Provocamos reações, violências de parte a parte, agre ssões, discussões, desajustes, conflitos, ansiedades, tormentos, mal-estares, infelicidades.
Vemos constatemente os erros e defeitos dos que nos rodeiam e somos incapazes de perceber nossos próprios erros, tão ou mais acentuados que os dos estranhos. As nossas faltas são sempre justificadas por nós mesmos, com razóes claras ao nosso limitado entendimento. Colocamo-nos sempre como vítimas. Os outros nos causam contrariedades e desrespeitos, somos isentos de culpa e apenas defendemos nossos direitos e nossa integridade própria.
Esse comportamento é típico nos seres humanos e confirma o desconhecimento de nós mesmos,  das reações e manifestações que habitam a intimidade do nosso eu, sede da alma..
A grande maioria das criaturas humanas ainda se compraz na manifestação das suas paixões e não encontra motivos para delas abdicar em benefício de alguém; são os imediatistas, de necessidades mais elementares, com predominâncias das funções animais, como reprodução, conservação, defesa, Dentro dessa maioria, compreendemos claramente como hábitos mais evidentes e comuns, a sensualidade, a gula, a agressividade, que no ser racional, muitas vezes ultrapassam os limites das reações primitivas animais nos requintes da expressão, decorrentes daqueles três hábitos: ciúme, vingança, ódio, luxuria, violência. Podemos dizer que há, nesses tipos de indivíduos, a predominância da natureza animal, orgânica ou corpórea.
Uma pequena minoria da humanidade compreende a sua natureza espiritual, e como tal reflete um comportamento mais racional e menos impulsivo, isto é, suas necessidades já denotam aspirações do sentimento, algum esforço em conquistar virtudes e, assim, libertar-se dos defeitos derivados do egoísmo.
Estamos todos, possivelmente, numa categoria intermediária, numa fase de transição de espíritos imperfeitos para espíritos bons e, portanto, ora nos comprazemos dos impulsos característicos do primeiro, ora busmamos alimentar o nosso espírito nas realizações do coração, na caridade, na solidariedade,  no esforço de auto-aprimoramento. Vamos, assim, de modo lento, nas múltiplas existências, realizando o nosso progresso individual, elevando-nos na escala que vai do ser animal ao ser espiritual, alicerçando interiormente os valores morais.
Na resposta à pergunta 919-a, feita por Kardec aos Espíritos, Santo Agostinho afirma: "O Conhecimento de Si Mesmo é, portanto, a chave do progresso individual."
Todo esforço individual no sentido de melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal só pode ser realizado conscientemente, por disposição própria, distinguindo claramente os impulsos íntimos e optando-se por disposições que nos levam às mudanças de comportamento. Desse modo, "conhecer-se a si mesmo" é a condição indispensável para nos levar a assumir deliberadamente o combate à predominância da natureza corpórea.
E por quais razões o conhecimento próprio é o meio mais prático e eficaz? Na Grécia, 400 anos antes de Cristo, Sócrates já assim ensinava. Essa sabedoria milenar ainda hoje é sobretudo evidente, e constitui o meio para evoluirmos. Não é compreensível que ao nos conhecermos estaremos a um passo de melhorar? Não se torna mais fácil, sabendo os perigos a que estamos sujeitos, afastarmo-nos deles e evitá-los?
 
(do livro Manual Prático do Espírita/Ney Prieto Peres)
 
 
Colaboração de Célia Regina                                                                                                          
 
 


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A MEDIUNIDADE DE EURÍPEDES BARSANULFO



 



                                                UM SERVIÇO DE CORREIO DIFERENTE


          A faculdade de bilocação de Eurípedes, proporcionava confortadores instantes de serenidade a corações aflitos.
          Naquela época, residia em Sacramento a família Pinto valada. O chefe - Cândido Pinto - efetuava frequentes viagens, atendendo a negócios de gado.
          Uma vez, rumara para o Espírito Santo da Forquilha. Longos dias foram decorridos sem que a família recebesse dele alguma notícia.
          A esposa ficara, naturalmente, apreensiva. O mês esgota-se e, com ele, a tensão nervosa de D. Aninhas aumentava, a ponto de não resistir ao impulso de procurar Eurípedes e rogar-lhe socorro.
          Naquele mesmo dia, Eurípedes conforta o coração aflito de D. Aninhas, afiançando-lhe que o marido estava bem de saúde e que providenciava o envio de um portador para Sacramento, objetivando a remessa de notícias, O portador era um moço negro.
          A seguir, Eurípedes fizera circunstanciada descrição dos lugares por onde passara na velha Forquilha: o poético córrego da entrada, onde várias mulheres, a cantar, lavavam roupa. As serras, punham uma nota de pureza ao ambiente, com perspectiva azulada. As ruas esburacadas e as casas velhas, de lúgubre aspécto.
          D. Aninhas ouve com os olhos molhados e o coração transportado de alegria, ainda anseia por mais conforto e pergunta:
          "- Quando chegará esse portador?
          - Daqui a três dias, no máximo."
          Realmente, no prazo indicado por Eurípedes, chega o moço Gabriel, da parte do Sr. Cândido Pinto, trazendo boas notícias do viajante. O portador era um jovem negro.

(do livro Lindos Casos da Mediunidade de Eurípedes)



Colaboração de Célia Regina

                                                             V I D A

                                                                                   

O que mais ouço daqueles que, assim como eu, estão buscando o autoconhecimento e a reforma íntima é: “A Vida é curta diante da Eternidade.”
Engraçado que eu sempre compartilhei dessa idéia, mas hoje não a vejo com os mesmo olhos... Nossa mente é um misterioso labirinto, que nos torna o que somos. Por isso devemos ter cuidado com o que pensamos, sentimos, ouvimos, vemos e falamos.
Dentro desta afirmativa, A vida é curta diante da Eternidade, está intrinsecamente o conceito de morte (vida curta), o qual, como se sabe, não passa de uma ilusão.
Ao longo de nossa caminhada evolutiva, sempre associamos Vida à morte, quando na verdade Vida está associada à Eternidade. Como pode a Vida ser curta diante da Eternidade, se ela (vida) é a própria expressão desta (eternidade)?
Convivemos com muitos conceitos que um dia nos foram úteis, mas que hoje já não nos servem mais. Somos como uma criança em fase de crescimento tendo que se livrar das roupas que começam a apertar. Assim como nos livramos das roupas, devemos deixar ir esses velhos paradigmas que retardam nossa evolução.
Não paramos para perceber a Vida e todas as suas formas. Passamos milênios sem saber o verdadeiro significado dela. Sem compreendê-la não podemos viver plenamente. Se não sabemos o que é Vida, não podemos identificá-la e assim não a reconhecemos nem lhe atribuímos sua real importância.
Você está vivo, a natureza e os animais estão vivos. O vento também é pensamento vivo. Nosso Planeta está vivo e até respira. Há vida em tudo o que nos cerca... O Universo nada mais é do que a manifestação do Uno Divino (Deus) na diversidade de todas as coisas.
E então, você está pronto para viver?
Comece aceitando a Vida! Ela pulsa em seu Ser e lhe traz de presente todo amanhecer...


Colaboração de Célia Regina




domingo, 14 de outubro de 2012

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS


                                                                       

                                                                      DÚVIDAS

          Observam-se médiuns com permanentes dúvidas quanto à autencidade das comunicações, mesmo quando estas ocorrem por seu intermédio. Como superá-las?
          Insistindo no exercício da educação mediunica.
          Sempre usamos uma imagem um tanto grotesca. Quando se vai ao dentista, a primeira frase que ele pronuncia é: - Abra a boca - . Se nós dissermos: - Não vou abrir -, nada poderá ser feito.
          Na prática mediunica a primeira atitude do sensitivo é abrir a boca (da alma) e ficar aguardando a idéia para exteriorizá-la.
          A tarefa do doutrinador - que conhece a pessoa - é a de examinar o que o médium está falando. Daí, a necessidade do relacionamento antecipado para aquilatar a qualidade do comunicado.
          Segundo Allan Kardec, no fenômeno mediúnico há nuances de natureza anímica, porque é da personalidade.  Se o espírito dá um recado, o médium transmite de forma como o entendeu, por uma razão a considerar: o pensamento do comunicante possui uma linguagem universal, portanto, a interpretação é feita pelo intermediário.
          O médium não é uma máquina gravadora. se alguém, no final dos trabalhos nos perguntar como foi a prática mediúnica de hoje, vamos contar conforme a entendemos. Vai ser autêntico porque retrata o espírito do trabalho de intercâmbio espiritual e será também um fenômeno pessoal, porque as idéias são vestidas com as palavras do narrador.
          Ninguém pode esperar, durante a prática mediúnica, que se comunique um espírito falando grego ou turco imediatamente. Ele tem que usar o médium. Se o sensitivo não teve nenhuma encarnação na Grecia ou na Turquia não poderá falar o idioma desses países, simplesmente, porque não possui matrizes sedimentadas no seu perispírito para que se dê o fenômeno de xenoglossia.
          Um exemplo: sou um indivíduo analfabeto e digo a duas pessoas:  - Dê este recado a beltrano  - uma de média cultura e outra lúcida. Pergunta-se: - Quem dará melhor o recado?  - A que tiver melhor capacidade intelectual, é o lógico. Assim é na questão da mediunidade: os médiuns mais bem dotados possuem uma capacidade maior de transmitir o pensamento das entidades comunicantes.
          É preciso também adicionar-se aí, o fator filtragem, que é fruto de um trabalho de educação mediúnica, a longo curso, no qual se incluem a sintonia e o exercício.

   ( do livro "Qualidade na Prática Mediúnica"-Projeto Manoel Philomeno de Miranda )



Colaboração de Célia Regina


                                                                                         

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


                            A  PAZ  QUE  TRAGO  EM  MEU  PEITO

A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar
uma contradição ou uma decepção.

Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer “não” quando é “não” que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em meu peito...
É a tranqüilidade de aceitar os outros como são e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra...
É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por causa disso.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança Naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.
Deus te conceda a verdadeira PAZ!!!
 
Redação do Momento Espírita, com utilização de algumas frases finais, retiradas de texto de autoria ignorada. Disponível no cd Momento Espírita, Coletânea v. 8 e 9 e no livro Momento Espírita, livro 5, ed. Fep. Em 05.03.2012. Colaboração de Célia Regina


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

PERDÃO


                 

                                            PERDÃO  ADIADO

          Perdão adiado significa inibir-se nos próprios passos em demanda ao porvir.

          Problema não equacionado agora é problema com o qual dormirás hoje e acordarás amanhã, permanecendo na expectativa de que o soluciones.   

          Ninguém realmente avança, deixando questões pendentes na retaguarda.

          Há espírito que retorna à Terra, sob nova existência de luta, em função de um único problema em que não se empenhou o suficiente para o solucionar, quando, então, dispunha de todas as facilidades para tanto.

          De que vale criar asas, tendo chumbo nos pés?

 

          Uma única voz que, sobre a Terra, se refira ao teu nome com mágoa será suficiente para te impedir o acesso a qualquer pedaço de Céu que estejas a pleitear.

(Livro  "Pai, Perdoa-lhes"-Carlos Baccelli/Irmão José, licão 24)


Colaboração de Célia Regina

REFORMA ÍNTIMA



          "Se fosse concedida à criatura vulgar uma vista de olhos, ainda que ligeira, sobre uma assembléia de espíritos desencarnados, em perturbação e sofrimento, muito se lhes modificariam as atitudes na vida normal. Nessa afirmativa, devemos incluir, igualmente, a maioria dos próprios espiritistas, que frequentam as reuniões doutrinárias, alheios ao esforço auto-educativo, guardando da espiritualidade uma vaga idéia, na preocupação de atender ao egoísmo habitual.  O quadro de retificações individuais, após a morte do corpo, é tão extenso e variado que não encontramos palavras para definir a imensa surpresa."  - Aniceto em Os Mensageiros de André Luiz, cap. 43


          "Orai por essas almas perturbadas; orai por todos os sofredores, que a caridade não se restringe à humanidade visível, mas deve socorrer e consolar os habitantes do Espaço."
    - Comunicação do mentor espiritual Georges, extraído da obra  O Céu e o Inferno,  de Allan Kardec, cap II da 2ª parte -

                                              **********************************                               

          Como podemos observar, o objetivo maior da nossa Santa Doutrina Espírita, além do consolo e o esclarecimento , é levar esta humanidade através disto, a se melhorar, crescer e evoluir em plenitude. Cabe a nós espíritas, portanto, o esforço continuado, por sermos melhores e sermos a notícia constante e positiva desta Doutrina, no processo de construção de um mundo cada vez melhor. O Benfeitor Bezerra de Menezes nos diz que a Reforma Íntima embora não deva ser apressada, é urgente e prioritária em todos os aspéctos de nossa vida como espíritas cristãos.


Colaboração de Célia Regina








segunda-feira, 8 de outubro de 2012

TENHAMOS COMPAIXÃO



                                            A Grande Crise

...Jesus volta para convidar-nos à compaixão.

Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados.

A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova.

Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade diferente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros.

Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardos terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escritono livro do reino dos céus e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial.

Filhos e filhas da alma!

Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência.

Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores.

O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje.

A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estóicos que compreendem os mártires e os companheiros abnegados.

Não vos envergonheis de amar!

Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus.

Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra.

Ide, ide na paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude.

É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco neste dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo pelas suas ovelhas.

Muita paz, meus filhos!

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre.

São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre,

Bezerra. (*)

(Mensagem psicofônica através do médium Divaldo Pereira Franco, ao encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012, em Santo André, (SP).
A mensagem foi revisada pelo autor espiritual


colaboração de Célia Regina

sábado, 6 de outubro de 2012

REFORMA ÍNTIMA

   

      O Espiritismo-cristão, consagrando a evolução como um processo natural a que o homem se submete desde o seu princípio, mostrou-nos o caminho da conquista da felicidade eterna: a refortma íntima.

       Anote-se que reformar não é sinônimo de construir.
       Quem constroi parte do nada.
       Quem reforma, porém, ajusta o que não está inteiramente ajustado, corrigindo-lhe os senões e as deficiências e estabelecendo um melhor aproveitamento do que já edificou.
       Convidando-nos à reforma íntima e não à construção interior, o Espiritismo-cristão revela que em nosso íntimo temos um mundo admirável de experiências úteis que só precisam de burilamento para que apressemos a nossa santificação.
       Não nos impele a abandonar tudo o que fomos, todas as nossas aspirações, para depois, levantarmos das cinzas do nosso passado um homem inteiramente novo, qual se todos os séculos que já vivemos tivessem sido inúteis.
       Não é assim!
       Reforma íntima é convite a um reexame consciencial à luz do Evangelho, a fim de que transformemos cada paixão em virtude e cada vício em qualidade elevada de nossa alma.
       Hoje, administramos habilmente para nós.
       Se nos reformarmos, administraremos para todos.
       Hoje, articulamos pregações morais para os outros.
       Se nos reformarmos, pregaremos também para nós.
       Hoje, aspiramos por um mundo melhor para nós.
       Se nos reformarmos, aspiraremos melhoria para todos.
       Hoje, fazemos do nosso conforto a nossa felicidade.
       Se nos reformarmos, seremos felizes na paz dos semelhantes.
       Hoje, somos críticos vinagrosos.
       Se nos reformarmos, criticaremos a nós mesmos.
       Hoje, exigimos que todos nos compreendam nos erros e nos acertos, tolorendo-nos e perdoando-nos infinitamente.
       Se nos reformarmmos, toleramos nosso próximo.
       Egoísmo e orgulho são as duas chagas da humanidade, como disse Allan Kardec. E estas chagas são desvios do amor, que passamos a nutrir por nós mesmos, e do raciocínio, que utilizamos numa auto-idolatria disfarçada.
       Nem tudo , pois, está perdido entre nós
       Basta corrigir a discrepância de comportamento, canalizando os mesmos impulsos, que hoje introvertemos a nosso favor, para os nossos semelhantes.
       É amarmos e sermos humildes.
       O homem reformado ao sol do Cristianismo-Redivivo:
       * não é azedo: sabe sorrir,
       * não é massante: sabe ser comunicativo,
       * não é presumido: sabe ser humilde,
       * não é santificado externamente : é virtuoso e simples .
       * não vive além de nosso mundo, suspirando pelo transcedental: reconhecer que esta é a sua escola,
       * não é zeloso artificialmente : respeita a todos,
       * não é exigente: sabe ser tolerante.
        Irradia paz e tranquilidade e não vive numa atmosfera inibidora que faz calar toda alegria, encarcerar toda toda vivacidade, tumular toda experiência nova, condenar a priori todo ensaio de acerto e erro da aprendizagem terrena, desterrar de seu convívio todos os que faliram, criticar todos os viciosos, amordaçar todo riso sadio, sustar a marcha de quantos experimentam alçar vôos da Espiritualidade Maior.
       O homem auto-reformado:
       * ama os seus familiares,
       * ama os seus vizinhos,
       * ama os vizinhos de seus vizinhos,
       * ama seus parentes,
       * ama seus amigos,
       * ama os seus inimigos...
       ...e através de tanto amar os que moram nas cercanias de sua existência, faz-se amado e respeitado por todos, instalando a sua paz e o seu amor pelo seu exemplo vivo.

(do livro Desenvolvimento Mediúnico  de Roque Jacinto )

colaboração de Célia Regina