quinta-feira, 16 de abril de 2015

O ATEÍSMO É MELHOR?!


Para onde o homem vai quando se afasta de Deus 
(Publicado no jornal Corriere della Sera no dia 12 de outubro de 2001.)
Por Vittorio Messori
Visão ateísta de mundo
As religiões aprisionam a inteligência humana, enquanto o ateísmo é libertador…mas será que é isso mesmo?
Desde o 11 de setembro uma profusão impressionante de matérias vem inundando o noticiário dos jornais e dos canais de televisão. Entre os inúmeros comentários, não faltaram aqueles dos ateus, que, satisfeitos, propuseram novamente sua teoria:“Entenderam agora o que dissemos: viram a que levam as religiões, todas elas, não apenas a islâmica?”
Foi particularmente virulenta a intervenção do Prêmio Nobel português, José Saramago. Na conclusão de um artigo insultuoso, deixou bem claro o seu pensamento: “Não faltam ao espírito humano inimigos, mas [o ‘fator Deus’] é um dos mais pertinazes e corrosivos”.
ao passamento do escritor português José Saramago , autor de ...Na verdade, grande parte do raciocínio de Saramago baseia-se em um erro grotesco para um senhor agraciado com o mais prestigioso reconhecimento cultural da humanidade. Ele atribui erroneamente a célebre frase “Se Deus não existe, tudo é permitido” ao profeta da morte de Deus Nietzsche, ao invés de atribuí-la corretamente ao cristão convicto Dostoiévski. Só por isso, o discurso do Nobel lusitano já seria um pouco bizarro, uma vez que parte de uma citação equivocada.
Trocando as bolas
Saramago confundiu Dostoiévski com Nietzsche em apologia ao ateísmo.
Um infortúnio significativo. Mas seria crueldade, a pretexto de ajudar um escritor octogenário, teimosamente marxista, aconselhá-lo a ter um melhor controle de suas fontes e, então, ignorar completamente as críticas que fez, onde se leem passagens como esta: “…as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana.” E por isso ele propõe um “ateísmo libertador”.



Palavras duras. Mas, é preciso reconhecer, elas podem ter alguma razão. Naturalmente, desde que fique claro desde o início que as “religiões” não são todas iguais e que ainda há alguma diferença entre a liturgia de sangramento em massa de jovens no altar-pirâmide dos astecas e a liturgia eucarística em um altar católico; entre o ismaelita Hassan ibn Sabbah, líder da Ordem dos Assassinos, e Francisco de Assis; entre Bin Laden e o Papa João Paulo II.
Lições da História. O que aconteceu com o mundo quando se tentou jogar, literalmente, no lixo, todo o sentimento de religiosidade do coração dos homens?
Dito isso, convém se ater mais às lições da história do que às digressões teóricas: o que aconteceu quando se tentou eliminar a “religião” da sociedade e do coração dos homens? Será que realmente se abriu um reino de paz, de mansidão, de fraternidade, de convivência pacífica e justa? Na verdade, e falando apenas da Europa, nas duas principais ocasiões em que se tentou impor a perspectiva ateísta, os fatos mostram que ocorreu justamente o contrário. Mas, ainda hoje, muita gente propõe o ateísmo como remédio para todos os males.
Passaram-se 14 longos séculos, depois de Constantino, até que um Estado inteiro, então um dos mais ricos e de maior prestígio em todo o Ocidente, tivesse como objetivo o desaparecimento da fé em Jesus, o Cristo, o Messias. Como demonstrado por Jean Dumont, o grande historiador que faleceu recentemente, em seu livro implacável “Les prodiges du sacrilège”, a campanha de descristianização conduzida pelo Terror, na Revolução Francesa, não foi um episódio entre muitos, mas sim, a revelação da sua intenção mais profunda e primária.


Ela visava, prioritariamente, acabar com o catolicismo, mas também com toda e qualquer religião “revelada” (assim como o culto católico, foram proibidos, sob pena de morte, também o culto protestante e o judaico) a fim de que o objeto do culto passasse a ser o homem, em nome da Razão. As contas desta tentativa foram feitas por um historiador norte-americano, Donald Greer: em apenas dois anos, entre 1792 e 1793, as vítimas da Revolução foram muito maiores do que a de toda a Inquisição em cinco séculos. As decapitações oriundas de julgamentos regulares foram quase 20 mil. Pelo menos o mesmo tanto foi assassinado sem julgamento, linchado, ou preso. Seria menos frustrante para quem pretende justificar esse frenesi de sangue, atribuí-lo a uma compreensível ira popular, há muito reprimida. Mas, na verdade, entre as 40 mil vítimas, 84% pertencia ao Terceiro Estado: à pequena burguesia, ao operariado e aos camponeses.
Barbárie revolucionária
 Na região de Vendée, durante a Revolução Francesa, pessoas foram esfoladas e a maioria das casas destruídas. Moradores eram lançados em poços, como o do castelo de Clisson (foto).
Outro historiador, Reynald Secher, fez as contas trágicas da Vendée (região da França marcada pela oposição histórica à Revolução Francesa), que se insurgiu em nome da fé de seus pais: em um território de apenas 10 mil quilômetros quadrados, 120 mil pessoas foram massacradas, 35% da população. Das 50 mil casas, 30 mil foram demolidas. As fontes foram envenenadas, plantações cortadas. Tudo para eliminar qualquer possibilidade de recuperação dos sobreviventes. E, também aqui, confirmaram-se, infelizmente, os horrores habituais de todas as guerras: a ordem explícita dos jacobinos de Paris (que eram ateus e não deístas, como alguns alardeiam) não era apenas para que se ganhasse a batalha, mas para que se procedesse, a sangue frio, ao genocídio, massacrando, antes que os demais, as mulheres fecundas para não gerarem outros “malditos crentes de superstições religiosas”.
Com a pele dessas mulheres, mais macia, faziam-se luvas para os oficiais, enquanto que com a pele dos homens tentou-se a fabricação de botas. Ao ferver os cadáveres esfolados obteve-se gordura para as armas e sabão para o exército. E, na ausência de câmaras de gás, todas as noites, durante meses, procedeu-se a um plano sistemático de afogamentos: padres e seus paroquianos sobreviventes eram trancafiados em caixotes e jogados no rio Loire.
Garoto-propaganda
 O cientista Richard Dawkins no lançamento da campanha pelo ateísmo nos ônibus de Londres. Na frase em destaque: “Provavelmente Deus não existe. Então, pare de se preocupar e curta a sua vida.”
Mas, por fim, um fruto ainda mais venenoso do que aquela primeira tentativa (europeia, mas, pensando bem, mundial) de erradicar toda a transcendência, foi sintetizada por Karl Barth, o teólogo protestante, por meio da famosa constatação: “Quando o Céu está vazio de Deus, a terra fica povoada de ídolos.” Um desses ídolos, o nacionalismo (desconhecido para a tradição cristã) iria devastar o século XIX e terminaria com a explosão, em toda a sua virulência, daquela que foi chamada de a Grande Guerra. Na verdade, apenas o prólogo para outra.
Ativismo ateu
 Em Nova York também foram utilizadas propagandas nos ônibus. Na frase em destaque: “Você não precisa acreditar em Deus para ser uma pessoa com moral ou ética.”
Em meio aos ídolos ideológicos que se desenvolveram naquele vácuo religioso, se destacaria o marxismo, que chega ao poder em 1917, incorporando, ampliando e, quando possível, radicalizando a obra ateísta do jacobinismo francês. Na história, nunca se viu uma tentativa tão sangrenta e sistemática como a que removeu os traços retrógrados de qualquer “religião” dos salões do Museu do Ateísmo em Leningrado [Nota do Tradutor: O Museu do Ateísmo ocupou a antiga Catedral de Nossa Senhora de Kazan que hoje é novamente utilizada para o culto ortodoxo]. Os resultados estão aí diante dos olhos de todos, desde 1989, mas se corre o risco de banalizá-los e achar normal, mais uma vez, a lembrança desse balanço desastroso. Como já foi observado, essa tentativa de proclamar a morte de Deus provocou a morte do homem, e não só a física, com a incrível marca das 100 milhões de vítimas. Mas também a morte moral, removendo das massas o gosto pelo trabalho, o senso da dignidade, o respeito à ética, o estímulo para o futuro, a prática da solidariedade. Para tomar apenas um exemplo: a “democrática” Albânia foi o primeiro e único caso na história das nações que proclamou a não-existência de Deus na Constituição. Em contraposição ao nosso, talvez retórico mas inofensivo, “A Itália é uma República fundada sobre o trabalho”, a Carta Magna albanesa tem em seu primeiro artigo: “A Albânia é uma República fundada sobre o ateísmo”. Os calhambeques enferrujados ao longo do Estreito de Otranto falam por si sós no que é que deu todo aquele “fundamento”.
Repetimos: existem religiões e religiões; nem todos os conceitos de divino são sempre aceitáveis. Há também uma religiosidade inquietante, existem cresças obscuras. Não estamos entre os ecumenistas que facilmente abraçam toda e qualquer Escritura Sagrada, todo e qualquer Deus. Na verdade, respondemos apenas ​​pela nossa “religião”. Mas, a história fala claramente que as tentativas de erradicar as religiões iniciadas em 1789 em Paris e em 1917 em São Petersburgo, levaram ao inverso do que ainda acreditam (ou fingem acreditar) alguns apóstolos do ateísmo: ser a solução para os males do homem.











Colaboração de Célia Regina

QUER SABER POR QUE?





Por que os espíritas não
seguem o antigo testamento?


Porque o Antigo Testamento há uma Parte Humana e uma Parte Divina.
   A Parte Humana expressa as idéias que os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a criação da Terra e dos seres que a habitam, e contém leis civis e disciplinares escritas por Moisés e outros dirigentes hebreus. 

A Parte Divina são os 10 mandamentos.

Tanto que, muitas leis de Moisés dizem para: “... apedrejar até a morte”, caso não sejam seguidas. E uma das leis contidas nos 10 mandamentos diz: “ não matarás”.  Então, se todas as leis fossem de Moisés, este seria contraditório.

Da parte humana da Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano e mudança dos costumes sociais.

Exemplo:

 Quem trabalha no sábado será morto (Êxodo, 35:2);

 Os adúlteros serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 22: 22);

 O homem que se deitar com outro homem (homossexualismo) será punido até a morte (Levítico, 20: 13); 

 Deficientes físicos estão proibidos de aproximar-se do altar do culto, para não profaná-lo com seu defeito (Levítico, 21: 17-23);

 Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam pais e se comprometam no vício, serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21: 18-21), dentre outros.

Como vemos, não são só os espíritas que não seguem o antigo testamento. Cremos que ninguém segue tais leis.

  Observemos o que Jesus disse:

"Vocês ouviram o que foi dito (por Moisés no passado):
—  'Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.'

Mas eu (Jesus) lhes digo:
—  "Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem (...)"

Jesus deixou claro que seus ensinamentos são diferentes dos de Moisés.

  Sabemos que o estudo da Bíblia é importante e interessa a todos os cristãos (inclusive, portanto, aos espíritas).

Porque é nela que encontramos os relatos sobre a vida de Jesus (que era judeu, da casa de Judá, uma das tribos dos hebreus) e a história do povo em que ele nasceu e viveu.

  Conhecendo o povo, a época, os lugares e as circunstâncias em que Jesus viveu, poderemos entender melhor seus atos e sua mensagem.

Então, embora estudemos também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas dão maior importância e valor, porque nele está o cerne:

 O Doutrinário do Cristianismo,
 O Ensinamento espiritual do Cristo,
 Revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés.

Lembremos que foi o próprio Jesus que pediu que esquecêssemos o antigo testamento para seguirmos o novo quando um doutor da lei o testou perguntando qual era o maior mandamento da lei, e Jesus respondeu:

—  “Amarás ao Senhor teu Deus de todo coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento (Deuteronômio 6:5).
E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos contém toda a lei e os profetas.”

O que é A Lei e quem são Os Profetas?
A Lei são as leis contidas nos 5 primeiros livros da Bíblia (chamado de Torah pelos judeus) atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

 Uma parte são leis civis, disciplinares, e humanas;
 A outra parte são revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés (os 10 Mandamentos).

Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, etc.).

Como vemos, Jesus diz claramente que estes dois mandamentos resumem todo o antigo testamento. Então, entendemos que o Antigo Testamento é seguido pelos judeus, seguidores da religião chamada Judaismo, onde há leis escritas por Moisés. 
  Os judeus não aceitam Jesus como o Messias prometido porque acham que Ele não preencheu as profecias messiânicas; porque o Cristianismo contradiz a teologia judaica e porque os versículos bíblicos "referindo-se" a Jesus são traduções incorretas.

E, o Novo Testamento deveria, portanto, ser as únicas escrituras seguidas pelas religiões cristãs: 
 Espiritismo,
 Catolicismo,
 Protestantismo
,
 enfim, onde há os ensinamentos do Cristo.

Compilação de Rudymara.

(esse artigo foi copiado e colado do site Forum Espírita)












Colaboração de Célia Regina