sábado, 29 de dezembro de 2012

A VOLTA DE MADRE TERESA DE CALCUTÁ


Não há mais tempo de brincarmos de ser cristãos. No livro abaixo citado, Madre Teresa ou simplesmente Teresa de Calcutá, nos chama para esta realidade. Apresentamos pequenos trechos de suas falas:




"Resolvi falar copiando o jeito de Cristo   falava não aos necessitados, mas aos discípulos, aos fariseus, aos homens considerados inteligentes e sábios de seu tempo."

"Estas palavras se destinam aos que dormem, aos que se encastelam em suas concepções religiosas e ainda não acordaram para a necessidade de transformar sua filosofia e suas explicações politicamente corretas, em vivências reais e em Evangelho genuíno, vivido e sentido no cotidiano."

"Vejo tantos se movimentando, arregimentando seguidores, sendo aplaudidos como missionários e não vejo muita coisa sendo feita para melhorar o mundo."

"Quem quer e quem tem de fazer, vai e faz - e basta."

"- E então? - perguuntei ao médico. - Não é hora de praticar a medicina e honrar o compromisso assumido pelo menos com seu diploma? Vamos começar a limpar esta enfermaria e as sujeiras dos pacientes!..."

"Sinceramente, sempre achei que os seguidores de Cristo precisam ser mais enfáticos, embora não devam abrir mão da delicadeza, tanto quanto possível..."

"...Pois constato é que muita gente acha que instituição de caridade é depósito, no qual se joga toda sorte de coisas destruídas, quebradas, vencidas ou em péssimo estado de conservação..."

"A verdadeira amizade ocorre entre homens de bem, mas podemos, sim, semear amizade, dar as mãos àqueles considerados indignos, que são excluídos e julgados por seus atos inconfessáveis."

(Trechos extraídos do livro PELAS RUAS DE CALCUTÁ, do espírito Teresa de Calcutá, através do médium Robson Pinheiro.)


colaboração de Célia Regina

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A DOUTRINA DE JESUS


 

                                 O amor

 
O amor é o sentimento que acima de tudo resume, de forma completa, a doutrina de Jesus... (O Evangelho Segundo o Espíritismo – cap. 11, item 8)

 
O amor é a fonte de todas as virtudes, é a mãe de luz, tendo Deus como Pai. É a força divina por excelência, que nos dá alegria, sendo o alimento dos Espíritos.
O amor começa nas afinidades e faz uma viagem pelo progresso, crescendo cada vez mais na iluminação que a vida pode lhe oferecer. A sua estrutura de energia é grandiosa, chegando ao ponto de o evangelista João dizer que Deus é Amor, conceito divino que ficou conhecido no mundo inteiro, que todos respeitam.
Muitos procuram exercitar essa virtude, fazendo dele, como fenômeno, o fator de mudança de comportamento das criaturas. Se você começa a pensar no amor, perde o poder de ferir; se o amor é o seu assunto do dia, não tem lugar na sua mente para o ódio; se o amor lhe interessa nas conversações, tem mais facilidade de liberar o perdão; buscando amizade com todas as criaturas, quando o amor é motivo de vida para a sua vida, a caridade desempenhará a vontade de Deus no seu coração.
O afeto, quando inicia sua vida na vida do homem, fica mais conhecido como alma boa, que entende e procura entender a Jesus. Na Terra, a única religião que podemos compreender como verdadeira é o amor; ele brilha em todas as nações, e nos empresta meios de elevação para a conquista dessa virtude singular. Ele se aninha no coração das pessoas e se expressa como simpatia que agrada a todos, irradiando-se para todos os lados, mostrando no silêncio que existe a felicidade.
O amor domina todas as dimensões da vida, chegando até Deus. Jesus se fez o Mestre dos mestres pelo amor, que Deus lhe ensinou. Os Espíritos somente se libertam quando conseguem conquistar o amor, pois no exercício dessa virtude a iluminação atinge a cidade intima, fazendo com que a consciência tranquilize, atingindo igualmente o coração, de maneira a desprender energias para os que nos procuram; e a doação é sem limites, ainda mais, sem exigências.
O amor é paz, porque dá nascimento à harmonia; a harmonia fertiliza o campo onde prospera a alegria, e essa ajuda na disseminação do perdão, que não se esquece da amizade...
A Doutrina Espírita, se é Jesus voltando para a humanidade, pode-se dizer que é a afeição visitando as nações, para o engrandecimento da harmonia em todos os cantos da Terra. E ainda, por impulso de Cristo, educa e instrui a todos, fazendo-o por amor.
Se você deseja crescer espiritualmente, dedique-se aos trabalhos que a Doutrina Espírita lhe indica, que todos eles o levarão ao amor. Se você dá início ao amor, na dimensão que entende essa virtude, o Senhor o abençoe, para que ele cresça cada vez mais, chegando a sentir na intimidade a existência de Deus, reconhecendo que está sendo dirigido na sua vida por Jesus.
Miramez - do livro, Máximas de Luz pelo médium João Nunes Maia

 
Um Natal de Paz, Luz e muito Amor, e um Ano Novo repleto de possibilidades e probabilidades para a construção de uma vida plena e feliz em todos os sentidos!

Gratidão eterna!

Sebastião e Vilma Camargo

 

 *Texto enviado por email para Wanda Lúcia Monteiro e copiado para este

blog por Celia Regina

 

Assista os vídeos de Sebastião Camargo: "O Despertar da Consciência"

Uma nova proposta de estudo da Doutrina Espírita, para um século de amadurecimento e regeneração.

Faça sua busca pelo google, através dos nomes do programa e do autor. 

 

 

 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

NATAL, TEMPO DE REFLEXÃO

                                                           Para nossa reflexão e para que não deixemos o Natal morrer dentro de nós..Nosso Natal como espíritas deve ser diário...                                             


                                                  


A  Voz  do  Amor  Natalino

Eu sou a voz do amor
E saio a buscar crianças
Que esperam com ansiedade,
Esse dia de esperanças.  
 
Vem menino, vem brincar!
Esqueça agora a tristeza,            
Está chegando o Natal,
Veja só quanta beleza!

Jesus Cristo veio ao mundo
Neste dia de carinho,
Era criança feliz,
Mesmo sendo pobrezinho!

Esqueça o pão, o agasalho,
O teto que ainda não tem.
Vem brincar, vem ser feliz,
Vem criança, ser alguém!
 
Se seu pezinho descalso
Não tiver um sapatinho,
Que importa?! vem assim!
Hoje o chão não tem espinhos...
 
Veja só quantas pessoas
Esperando por você,
Nem parece as mesmas que passam
Fingindo que não lhe vê!
 
Vem menino, Vem depressa
Que o dia vai acabar,
E antes que ele termine,
Todos querem lhe abraçar!
 
E ao final desta festa
Voltando pro seu barraco,
Terá nas mãos o agasalho,
Comida e até sapatos!
 
Agora, faça de conta,
Que nada mais vai mudar,
Você não terá mais fome
E eles vão sempre lhe amar...
 
E mesmo que esteja perto
Do faz-de-conta acabar,
Em seu barraco tão simples,
Jesus vai sempre morar!
                      -ceres-



Colaboração de Célia Regina



sábado, 8 de dezembro de 2012

sobre o passe

     

          Postura  do  Passista

           O passe é uma manipulação de energias em conjunto com os espíritos amigos.
           O recinto destinado ao atendimento dos passes deve estar isento de conversas por parte do proprio grupo.
           Estender as mãos e colocá-las acima das cabeças alheias não deve ser ato que a rotina mecanize. Cada passe aplicado ganha particularidades que só o passista pode identificar depois.
           Como os demais intercânbio com os espíritos, ostensivos ou sutis, requer concentração e desencarceramento mental. Nossos pensamentos, por esta razão, devem estar soltos, libertos das amarras das preocupações do dia-a-dia, mas não dispersos de maneira a dificultar o trabalho dos espíritos.
           Melhor que se preocupar com o movimento das mãos, é transfundir amor, juntamente com a prece proferida. Nossa mente é o primeiro receptáculo por onde o fluxo das energias espirituais haverão de percorrerem. Entretanto, tanto quanto existem os pacientes que assumem, pela postura refratária, a ausência de fé  e confiança nos benfeitores, igualmente, existem medianeiros que repelem essas energias, se não estiverem devidamente preparados. Por se tratar de uma atividade voltada para o bem, os espíritos amigos colaboram com frequência no sentido de suprir as deficiências identificadas.
          Todo assistido está sob o jugo da Lei de Causa  e Efeito e é por esse motivo que o passe não pode resolver todos os desajustes presentes no corpo físico, porém, atuando nas matizes que determinam a existência do corpo, muitas vezes bloqueia o desencadeamento de vários desajustes orgânicos que nem chegamos a sentir.
          São os passistas os primeiros a se beneficiarem dessas energias que vertem do Plano Espiritual como que os banhando em primeiro plano; mesmo no instante da prece inicial e justamente aí, o socorro imediato é efetivado para que o tarefeiro de Jesus se adeque, senão à altura, pelo menos próximo da exigência que o trabalho requer.
          Então, o passe posterior à finalização das atividades mencionadas, onde uns passistas atendem os outros, é providência desnecessária.
          Entre uma e outra demanda de pessoas assistidas, a postura geral deve ser de silêncio, concentração e preces. Este recinto não é posto de consulta pessoal, razão pela qual, ninguém deve se prestar a expedir orientações outras dentro dele.
          Não é local apropriado para manifestação mediúnica, seja por parte do passista ou do assistido. Quanto a ele, é perfeitamente tolerável a ocorrência de episódio, mas a orientação específica em razão do acontecido, se houver, não lhe deve faltar.
          O passe é uma transfusão de energia, potencializada ou enfraquecida pela postura correta ou inadequada que estes tarefeiros assumem. É a exteriorização do amor, que desimpede o trânsito livre desta energia que emana primeiro de Deus, destinada a atender os que imploram este tipo de socorro.

                                                                                  Antusa Ferreira Martins


(Mensagem recebida pelo médium Alaor Borges Júnior, no Lar Espírita Irmã Valquíria em 28/07/05)


Obs.: Antusa morava em Uberaba, era cega, conviveu com Chico Xavier que quando sentia necessidade de passe a procurava em sua residência, onde trabalhou nesta tarefa por mais de 50 anos.

colaboração de Célia Regina

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

REFLEXÕES PARA O ANO NOVO


Richard Simonetti

 
                                          "DESPERTA TU QUE DORMES!"
 

Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará! Andai prudentemente, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus. Não sejais insensatos, mas entendei qual é a vontade do Senhor.

Estas vigorosas afirmativas são do Apóstolo Paulo (Efésios 5:14-17), o cristão mais acordado de seu tempo. Via nos ensinamentos de Jesus não um simples desdobramento dos princípios judeus, de valor temporal e restrito, mas uma revelação divina que se destinava a todos os povos e a todos os tempos.

Suas observações merecem reflexão. O Espiritismo explica que há um objetivo para a existência humana. Estamos aqui para evoluir. Cumpre-nos desenvolver as potencialidades criadoras e as virtudes embrionárias que caracterizam nossa filiação divina.

Quem não está consciente disso dorme o sono da indiferença, embalado nos devaneios sugeridos pelos vícios, paixões, interesses e ambições que caracterizam o homem comum, mesmo quando se julgue desperto e muito esperto.

Diz o empresário: – Estou acordado! Tenho iniciativa! Guardo sob minhas ordens milhares de funcionários, trabalho dezesseis horas por dia, movimento milhões, aumento cada vez mais meus patrimônios!

Diz a jovem imatura: – Estou acordada! Divirto-me, passeio, namoro, adoro a madrugada, curto a vida!

Diz o viciado em drogas: – Estou acordado! Sou capaz de viajar para o céu quando queira, ampliando minhas percepções e experimentando a plenitude da euforia!

Diz o homem do mundo: – Estou acordado! Sei defender meus direitos. Jamais permito que me passem para trás. Dou um boi para não entrar em briga, uma boiada para não sair dela. Não levo desaforo para casa.

Pobres tolos! Proclamam-se acordados. São sonâmbulos que falam e ouvem! Pensam que sabem tudo. Não sabem nada! Imaginam ter tudo sob controle. Mergulham num oceano de inconseqüências! Acalentam sonhos ilusórios. Amargo será seu despertar!

Um ano se encerra com seu acervo de experiências, com suas realizações e frustrações, com seus momentos bons e maus… Um ano se inicia com sua carga de esperanças. Isso é bom. A esperança é o facho sagrado que aquece o presente e ilumina o futuro. Mas é preciso analisar o que esperamos no novo ano, e saber se estamos cultivando esperanças legítimas ou meras ilusões. Que paremos por instantes e nos perguntemos, lembrando o apóstolo:

– Estou acordado? Tenho consciência do que faço na Terra e do que me compete realizar?

Isso é fundamental. Caso contrário vamos incorrer nos mesmos enganos, cometer os mesmos erros; entrar pelos mesmos desvios, sem perceber por onde andamos e o que nos compete fazer.

Se despertarmos, Cristo nos iluminará – diz Paulo. Mas a luz do Cristo é também o grande teste para saber se estamos despertos. Basta confrontar o que somos e o que fazemos com o que Jesus fazia e recomendava.

Perdão, mansuetude, compreensão, tolerância, bondade, caridade, amor, são as luzes do Cristo. Serão as nossas luzes? Estamos iluminando e aquecendo nossas almas, com esse fogo sagrado?

Andai prudentemente, não como néscios, mas como sábios – continua Paulo. Néscio é um adjetivo forte, pejorativo. Significa ignorante, inepto, insensato, incapaz.

Sábio é aquele que vê além das aparências. É alguém atento à necessidade de aprender sempre. Começa na consciência da própria ignorância. Sócrates, o pai da filosofia, considerado o homem mais sábio de seu tempo, dizia: – Não sei por que me consideram sábio, porquanto toda a minha sabedoria consiste apenas em saber que não sei nada.

É a partir do reconhecimento de nossas limitações e do empenho por superá-las que começamos a despertar para a vida em plenitude. É preciso, para isso, aproveitar o tempo, superando o milenário torpor que caracteriza o homem terrestre, buscando nosso crescimento moral, intelectual e espiritual.

Paulo nos recomenda que não percamos as oportunidades, porque, explica, os dias são maus. Os cristãos, minoria no Império Romano, viviam em permanente expectativa de perseguições religiosas movidas pelos pagãos. Eram dias difíceis, dias de sofrimentos, mas também dias de gloriosos testemunhos da fé para aqueles homens acordados, conscientes do que lhes competia fazer.

Os que buscam vivenciar em plenitude o Evangelho sempre encontrarão dias maus, já que a Terra é um planeta de expiações e provas, onde as forças das sombras pretendem sustentar domínio, explorando as tendências inferiores da Humanidade.

É preciso, diz Paulo, aproveitar as oportunidades e fazer o melhor, considerando algo fundamental: Não são aqueles em que enfrentamos o mal os piores dias. São os dias em que não cultivamos o Bem. Por isso – recomenda –, não sejais insensatos, mas procurai compreender a vontade de Deus.

Para quem está desperto, é fácil saber qual é a vontade de Deus. Está expressa no Evangelho, a Carta do Amor Divino.

Temos nas palavras de Paulo um bom roteiro para nossas reflexões, no limiar do novo ano, leitor amigo, a saber se estamos despertos e conscientes ou somos dorminhocos incorrigíveis, repetindo os mesmos enganos de sempre, próprios de sonâmbulos que não sabem por onde andam nem o que fazem.

 
                                                                                               richardsimonetti@uol.com.br
 
 
 
 
colaboração de Célia Regina

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

VAMOS REFLETIR



 
Verdades Incontestes

* Quem faz o bem sobre a Terra, não tem com o que se preocupar com questões relacionadas à Vida além da morte.
* Se perdoar é difícil, procure viver de tal maneira que, seja a quem for, você não tenha que fazê-lo
* Muitas vezes, é em seus descendentes mais próximos que o orgulho do homem começará a ser quebrado
* No ato de julgar atitudes alheias, quem o faz costuma redigir, sem apelação, a sua própria sentença condenatória.
* A porta, de fato, é tão estreita que, por ela, você só poderá passar sozinho.
* Quem se permite afetar pelas críticas, de certa maneira está dando razão a elas.
* Quando você disser que não é humilde, acredite nisto.
* Eu gostaria muito de voar, mas, antes de fazê-lo, preciso me levantar e, nem que seja a passos vacilantes, começar a caminhar para frente.
*Você pode estar numa poça de lama, mas pode ser como a semente que dela se aproveita para germinar e florescer.
*Ninguém gosta de apanhar, mas, sem apanhar, ninguém efetivamente deixa de bater.
*Se você aprender a trabalhar no clima do silêncio, numa existência poderá avançar mais que a somatória de todas as outras que você já teve.
*A grandeza do Cristianismo também foi feita pelo sacrifício dos cristãos anônimos que, ignorados pela História, pereceram nos circos do martírio.
*você não se sentiria envergonhado de ser feliz em meio à infelicidade de tanta gente?
*O que você diz, e como diz, não tem mais importância que aquilo que você tem no coração.
* Seria de bom alvitre que, evitando o improviso, você, desde agora, já começasse a preparar a sua futura existência na Terra.
* Entre as sombras do caminho, o amor é luz na alma, mas caridade é uma lanterna na mão.
* Quem se dispõe a seguir com Jesus, não tem como evitar o Calvário.

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 19 de novembro de 2012.
 
 
colaboração de Celia Regina

domingo, 2 de dezembro de 2012

QUE HOMEM É ESSE QUE ELEGEMOS COMO MODELO

 COM DIVALDO PEREIRA FRANCO


 
http://www.youtube.com/watch?v=j7xW7_Ekoqg       É SÓ CLICAR




Colaboração de Célia Regina

REFORMA ÍNTIMA



        O Conhecer-se no Convívio com o Próximo

"Amar ao próxmo com a si mesmo, fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, é a mais completa expressão da caridade, pois que resume todos os deveres para com o próximo."
       (Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XI)


            No relacionamento entre os seres humanos, as experiências vividas ensinam constantemente lições novas. Aprendemos muito na convivência social, através de nossas reações com o meio e das manifestações que o meio nos provoca.
            O campo das relações humanas, já pesquisado amplamente, talvez seja a área de experiências  mais significativa para a evolução moral do homem.
            O tempo vai realizando progressivamente o amadurecimento de cada criatura, na medida em que aprendemos, no convívio com o próximo, a identificar nossas reações de comportamento e a discipliná-las.
            O relacionamento mais direto acha-se no meio familiar, onde desde criança brotam espontaneamente nossos impulsos e reações. Nessa fase gravam-se impressões em nosso campo emocional que repercutirão durante toda nossa existência. Quantos quadros ficam plasmados na alma sensível de uma criança, quadros esses que podem levá-la a incorformações, angústias profundas, desejos recalcados, traumas, caracterizando comportamentos e disposições na fase da adolescência e na adulta.
           No convívio escolar, iniciamos as primeiras experiências com o meio social fora dos limites familiares. As reações já não são tão espontâneas. Retraímo-nos às vezes; a timidez e o acanhamento refletem de início a falta de confiança nas professoras e nos colegas de turma. Aprendemos paulatinamente a nos comportar na sociedade, com reservas.
           Vamos assim caminhando para a adolescência, fase em que nossos desejos se acentuam. O querer começa a surgir, a auto-afirmação emerge naturalmente, a nossa personalidade se configura. Aparecem as primeiras desilusões, as amizades não correspondidas, os sonhos frustrados, as primeiras experiências mais profundas no campo sentimental.
           No convívio com o próximo, desde a nossa infância, no lar, na escola, no trabalho, agimos e reagimos emocionalmente, atingindo os domínios dos outros e sendo atingidos nos nossos. Vamos, assim, nos aperfeiçoando, arredondando as facetas pontiagudas do nosso ser ainda embrutecido, à semelhança das pedras rudes colocadas num grande tambor que, ao girar continuamente, as modela em esferas polidas pela ação do atrito de parte a parte.
            As vidas corpóreas constituem-se, para o espírito imortal, no campo experimental, no laboratório de testes onde os resultados das experiências se vão acumulando. "A cada nova existência, o espírito dá um passo na senda do progresso; quando se despojou de todas as suas impurezas, não precisa mais das provas da vida corpórea." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec. cap IV, perg. 168)
            O conhecer-se implica em tomarmos consciência de nossa destinação com participantes na obra da criação. Dela somos parte e nela agimos, , sendo solicitados a colaborar na sua evolução global; Deus assim legislou.
            Parece claro que caminhamos ainda hoje aos tropeços, caindo aqui e levantando acolá, nos meandros sinuosos da estrada evolutiva que ainda não delineamos firmemente. Constantemente alteramos os rumos que poderiam nos levar mais rapidamente ao alvo. Os erros nos comprometem e nos levam às correções, por isso retardamos os passos e repetimos experiências até que delas colhamos bons resultados, para daí avançarmos.
             O conhecer-se é o próprio processo de autoconscientização, de reconhecimento de nossas limitações e dos perigos a que estamos sujeitos no campo das experièncias corpóreas. É ponderar sempre, é refletir sobre os riscos que podem comprometer a nossa caminhada ascensional e tomar decisões, definir rumos, dar testemunhos.
            É precisamente no convívio com o próximo que expressamos a nossa condição real, como ainda estamos - não o que somos, pois entendemos que, embora ainda ignorantes e imperfeitos, somos obra da Criação e contamos com todas as potencialidades para chegarmos a perfeitos. Estamos todos em condições  de evoluir.  Basta queremos e dirigirmos nossos esforços para esse mister.
            Uma das melhores diretrizes para chegarmos a isso nos é oferecida pelo educador Allan kardec (O Evangelho Segundo o  Espiritismo, Cap XVII, Sede Perfeitos, O Dever) que diz:  "O dever começa precisamente no momento em que ameaçais a felicidade e a tranquillidade do vosso próximo, e termina no limite que quereríeis alcançar para vós mesmos."
                            (Trecho extraído do livro "Manual Prático do Espírita" de Ney P. Peres)



Colaboração de Célia Regina