quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PENSE NISTO

                                Falsas Necessidades


O seu sentimento e o seu pensamento tornaram-se duas coisas diferentes e esta é a neurose básica.
Aquele seu lado que pensa e aquele seu lado que sente tornaram-se dois e você identifica-se com a parte que pensa e não com a parte que sente.
E sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar.
Você nasce com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado, ele é-lhe dado pela sociedade. E o seu sentimento tornou-se algo suprimido.
Mesmo quando você diz que sente, você apenas pensa que sente. O sentimento tornou-se morto e isto aconteceu devido a determinadas razões.
Quando uma criança nasce, ela é um ser que sente; ela sente coisas, mas ela ainda não é um ser pensante. Ele é natural, como tudo o que é natural, como uma árvore,
um animal. Começamos entretanto a moldá-la a cultivá-la. Ela terá de suprimir os seus sentimentos, os se isto não acontecer, estará sempre com dificuldades.
Quando quiser chorar, não poderá fazê-lo, pois os seus pais a censurarão. Será condenada, não será apreciada e nem amada. Não será aceita como é.
Deve comportar-se de acordo com determinada ideologia, determinados ideais. Só então será amada.
Do modo como ela é, o amor não se destina a ela. Só pode ser amada se seguir determinadas regras. Tais regras são impostas, não são naturais.
O ser natural dá lugar a um ser suprimido e aquilo que não é natural, o irreal é-lhe imposto.
Esse “irreal” é a sua mente e chega um momento em que a divisão é tão grande que já não se pode mais ultrapassá-la.
Você esquece-se completamente do que a sua verdadeira natureza foi ou é.
Você é um falso rosto; o semblante original perdeu-se. E você também receia sentir o original, pois no momento em que o sentir toda a sociedade se voltará contra si.
Você, portanto, coloca-se contra a sua natureza real.
Isto cria uma situação muito neurótica.
Você não sabe o que quer; ignora quais são as suas necessidades reais e autênticas, pois somente um coração que sente pode dar-lhe a direcção e o significado das suas
necessidades reais.
Quando elas são suprimidas, você passa a criar necessidades simbólicas. Por exemplo, você pode começar a comer cada vez mais, enchendo-se de alimento, e nunca sentir que
está satisfeito.
Você tem necessidade de amor, não de comida. A comida e o amor, entretanto, estão profundamente relaccionados.
Quando a necessidade de amor não é sentida, ou é suprimida, uma falsa necessidade de comida é criada.
Você pode continuar comendo; posto que a necessidade é falsa, ela jamais poderá ser preenchida. E vivemos entregues a falsas necessidades.
Por isso não há realizações.

     (Osho: Mohan Chandra Rajneesh)
 
 
COLABORAÇÃO DE CERES


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

APRENDENDO...



             Reencarnação e conflitos familiares

 
  • A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vidas anteriores, e são justamente essas ligações as causas de simpatia ou de antipatia entre pessoas aparentemente estranhas.
    A Lei da Reencarnação existe porque Deus, conhecendo a tendência que o homem possui para as más inclinações, mas, sabendo também da capacidade que ele tem de se superar e de se aperfeiçoar, oferece-lhe oportunidades para o arrependimento e para a reparação das faltas cometidas, durante sua jornada evolutiva, em novas existências corporais.
    Ora, para que uma pessoa possa reparar os prejuízos causados a alguém, é necessário que volte a conviver com essa mesma pessoa, e é por isso que há tantos reencontros de almas, durante as experiências encarnatórias. Ocorre que, na maioria das vezes, o período de uma única encarnação não é suficiente para que ocorra a reconciliação. Às vezes, é necessário um tempo bem maior para que o estrago moral, causado por atitudes inconsequentes, seja consertado.
    É por isso que as mesmas personagens de um drama podem se reencontrar em várias vidas sucessivas, enquanto se busca, com o auxílio dos Espíritos apaziguadores, a dissipação do ódio cultivado durante a livre semeadura.
    Mas, conjuntamente à Lei da Reencarnação, existem outras que lhe completam para que tais reconciliações sejam legítimas. Uma delas é a Lei do Esquecimento; uma vez revestido de um novo corpo, o indivíduo se esquece das razões pelas quais reencarnou. Assim, todo o bem que ele fizer, ocorrerá por suas próprias conquistas morais e não pela imposição de uma consciência pesada. É a partir daí que se pode avaliar a capacidade de amar e perdoar aos inimigos, ação que Jesus apregoou como a maior prova de evolução moral do homem.
    É por causa da Lei do Esquecimento que muitos sucumbem às fraquezas morais e voltam a repetir os mesmos erros do passado, deixando aflorar em si, e se submetendo às mesmas viciações que, adormecidas em sua natureza, esperam apenas o momento propício para a eclosão. A pessoa não se recorda dos erros que cometeu no passado, não se lembra dos inimigos que granjeou, nem dos sofrimentos que experimentou, mas carrega em seu íntimo as impressões deixadas por essas experiências de vida, como se fossem cicatrizes geradas na própria alma.
    Para a colheita obrigatória da livre semeadura, é necessário que tais inimigos voltem a partilhar suas convivências. Daí, se explicam os conflitos familiares, as tumultuadas relações entre pessoas que nasceram no mesmo lar ou que acabaram juntas por meio de relações profissionais, convivências sociais, matrimônios, adoções, etc. São pessoas que contraíram dívidas morais, que se odeiam, que precisam se perdoar e que, muitas vezes, pediram a oportunidade dessa convivência.
    A Lei da Reencarnação não é um castigo imposto às pessoas que se ofenderam, mas um presente divino oferecido, para que, por intermédio do perdão e do amor incondicional, o homem se supere e se eleve às esferas dos Espíritos felizes.
    No entanto, devido às imperfeições do homem, é natural que ocorram recaídas durante os complicados processos de reconciliação. Esses deslizes atrasam sobremodo a evolução e estendem os padecimentos do Espírito devedor, que permanece na “prisão” dos endividados morais.
    Mas, em se tratando de aprendizagem, nada é desperdiçado. Toda experiência de vida é aproveitável. Se não o for como adiantamento moral, será como fonte de reflexão e do despertar do arrependimento que sempre antecede a reparação.

domingo, 13 de janeiro de 2013

APRENDENDO UM POUCO MAIS


 
ENTREVISTA REALIZADA PELA ALIANÇA MUNICIPAL ESPÍRITA DE SETE LAGOAS (MG) com WALTER BARCELOS





Pergunta – O que fazer para desenvolver a nossa capacidade de paciência a fim de ouvir as crianças? Onde encontrar subsídios para o nosso preparo?

Walter Barcelos –
Esta orientação não é só para o evangelizador: é para todo trabalhador espírita de boa vontade. Façamos do Evangelho de Jesus a luz de nossos pensamentos, o pão de nosso espírito, o roteiro de nossos passos, as regras das boas maneiras que precisamos adquirir, o fator educativo de nossos sentimentos, a cartilha de nossa meditação diária, o aprendizado cotidiano para nossas ações, os princípios libertadores de nossa formação moral, as indicações para o melhor relacionamento com o próximo, a força interior do domínio de nossas más tendências e energia poderosa para amar, mesmo sem sermos amados, o ideal superior de trabalho sem esperar resultados imediatos e nem recompensas de gratidão. Buscando sem cessar essa luz interior (resultado da sincronia harmoniosa entre cérebro e coração), com o passar dos dias, veremos crescer nossa capacidade intima de compreender e amar os seres humanos, muito especialmente a criança. Não basta estudar e conhecer o Evangelho de Allan Kardec. Imprescindível aprender e educar-se, compreender e sentir, amar e trabalhar sintonizado com o Cristo de Deus na plenitude de nosso coração.

Pergunta – Muitas crianças, quando se encontram na idade de ir para os ciclos de Mocidade, afastam-se da casa espírita. Como incentiva-los e motiva-los a permanecer?

Walter Barcelos –
Nos dias atuais, as crianças chegam à fase da pré-adolescência e passam a ter atitudes de adultos, sem que ainda o sejam. Querem a todo custo ser o que ainda não são: adultos com todos os direitos, desejos e liberdades. infelizmente boa parte dos adolescentes passa a usar o livre arbítrio apresentando mais fatores negativos que positivos em sua personalidade. Isto é muito natural, devido à condição de nosso planeta ainda moralmente inferior. Na fase infantil dos filhos, os pais podem monitorar com certa facilidade o seu livre arbítrio, sua liberdade e até o seu “querer”. Quanto aos jovens adolescentes, os genitores e dirigentes espíritas não podem impor autoridade ao seu livre arbítrio no sentido de fiscalizar e cercear sua liberdade. Nesta fase, o espírito está deixando a fase infantil (aprisionada às fronteiras da afetividade doméstica) e começa com toda a volúpia a usar a própria vontade na satisfação de seus próprios interesses dentro das múltiplas ofertas que o mundo propõe na atualidade. Agora a responsabilidade é mais dele do que dos pais e dos próprios dirigentes do Departamento de Infância e Juventude. Será muito ingenuidade de pais e dirigentes quererem monitorar o livre arbítrio dos jovens adolescentes. É na intimidade do espírito, usando sua própria vontade, que o jovem faz suas escolhas. Uma delas é abandonar a escola da fé espírita que vinha freqüentando semanalmente na Escola Espírita de Evangelização da Criança. Podemos fazer muito pelo jovem, tendo relacionamento amigo, simpático e respeitoso, porém em ultima instancia quem vai determinar se permanece ou se afasta será ele mesmo. Podemos vigiar as crianças e não os jovens adolescentes. As reuniões de Mocidade principalmente dos adolescentes devem ser mais amenas nos estudos, variando os temas doutrinários, atendendo algumas vezes a sua preferência; recebendo mensalmente um companheiro mais experiente para fazer algum tipo de estudo bastante dialogado; promovendo campanhas e tarefas de assistência fraterna que venham a integrar a alegrar mais os jovens corações. Os jovens devem ser preparados com carinho para serem no futuro bons trabalhadores espíritas. Os mais velhos e experientes da casa espírita têm o dever educacional de se integrar mais de coração com os jovens, pelos laços sagrados da amizade sincera, tal como Jesus nos ensinou. É preciso plantar as sementes do amor fraterno no solo dos corações jovens, sem esperar com ansiedade e pressa os bons resultados, pois isto seria precipitação, e este sintoma sinaliza imaturidade naquele que deseje ajudar na boa educação da juventude espírita.

Pergunta – Na casa espírita, quais as tarefas mais adequadas aos jovens?

Walter Barcelos –
Não resta a menor dúvida de que os jovens devem, em primeiro lugar, promover reuniões semanais de estudos da Doutrina Espírita, a começar pelas Obras Básicas de Allan Kardec. Em suas reuniões, não realizar somente estudo sistematizado, pois isto pesaria muito no entusiasmo dos jovens, cansando-os e afugentando-os. Alternar estes estudos doutrinários com promover outras reuniões mais amenas, misturando técnicas de estudos em grupo, favorecendo um melhor e maior relacionamento afetivo entre os adolescentes. Trabalhar a música instrumental, o canto individual e coral, pequenas peças de teatro formadas de breves diálogos. Uma observação merece ser feita: as atividades artísticas na Mocidade devem ser acessórias e nunca predominar sobre a aprendizagem da Doutrina Espírita. Realizar atividades de assistência fraterna, de forma mensal ou bimestral, onde os jovens possam dar sua real colaboração dentro da casa espírita, integrando-os com os trabalhadores mais velhos e experientes. O intercâmbio afetivo nos trabalhos do centro constitui fator relevante na preparação dos jovens para o futuro do Movimento Espírita. Os jovens não podem ficar isolados em suas atividades, distantes do relacionamento com os mais velhos e experientes. A separação física e afetiva entre os jovens e os mais velhos na casa espírita denota gravíssima falha educacional daqueles que se propõem educá-los.

Pergunta – Antes de iniciar os trabalhos práticos, quais são as etapas preliminares a serem vencidas por um grupo mediúnico?

Walter Barcelos –
O primeiro passo muito importante de qualquer grupo mediúnico no inicio de suas tarefas será, inegavelmente, promover estudos doutrinários sistematizados de “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, e mais algumas obras que tratam do assunto Mediunidade com grande fidelidade às obras da Codificação, como por exemplo: “Desobsessão”, de André Luiz/Francisco Cândido Xavier; “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz/Francisco Cândido Xavier; “Seara dos Médiuns”, de Emmanuel/Francisco Cândido Xavier; “Diálogo com as Sombras”, Hermínio C. Miranda, e outras boas obras da extensa biografia espírita. Que esse grupo inicialmente estude pelo menos dois a três anos, antes de iniciar suas tarefas na casa espírita. Observando a freqüência de cada companheiro espírita, os que alcançarem ótima assiduidade nesse período de dois a três anos de estudos sérios, comece somente com eles o trabalho de desobsessão. Daí para a frente, que esse grupo não deixe nunca de estudar, de forma sistemática, a Doutrina Espírita, com dia e hora especiais para esta atividade.

Pergunta – A uma vitima de obsessão podemos revelar alguma coisa do seu passado, com o intuito de mostrar-lhe os motivos da “cobrança”?

Walter Barcelos –
A revelação de acontecimentos tristes e desagradáveis de vidas passadas não é boa para nenhum espírito, muito especialmente para os irmãos que estão experimentando processos obsessivos graves e obstinados. Estes irmãos enfermos não estão nem com o raciocínio e nem com os sentimentos preparados para analisarem e compreenderem com grandeza de fé seus erros, vícios e crimes de encarnações passadas. Se fossem muito úteis essas revelações de ontem, poderíamos estar certos de que os Mentores Espirituais estariam revelando fatos e causas de vidas pretéritas em todos os trabalhos mediúnicos e em todos os centros, mas é o que nunca acontece. Os espíritos superiores, com sua sabedoria, reconhecem a inoportunidade da regressão a vidas passadas e dos gravames que os tristes acontecimentos possam acarretar às mentes fracas e torturadas pelas más ações em vidas passadas. É para a frente que se anda! Vamos sim esclarecer esses nossos irmãos enfermos com as boas palavras dentro dos ensinos e orientações de fé, amor e caridade do Evangelho de Jesus. Não é à toa que a reencarnação como que faz descer o véu do esquecimento completo de nossas vidas passadas, a fim de recomeçarmos o aprendizado com todo o vigor, com toda a vontade, com toda a esperança... Esta é a mensagem maior que poderemos passar a todas as pessoas em processo obsessivo.

Pergunta – Na sua visão, quais as maiores dificuldades e desafios que as casas espíritas enfrentam na tarefa de Assistência Social? Como amenizá-las ou solucioná-las?

Walter Barcelos –
A casa espírita precisa promover atividades de assistência social, pois, caso contrário, não terão contato com os que mais sofrem, muito principalmente atendendo com amor, carinho e gentileza os mais abandonados e desprotegidos da sociedade, caracterizando-se pela miséria, fome, nudez, falta de moradia, desarmonia na união conjugal, problemas de vícios e obsessão no ambiente familiar.
O grupo espírita deverá realizar tarefas de assistência e manter instituições de caridade sempre compatíveis com os seus próprios recursos financeiros, a fim de não ultrapassar as despesas mensais do que se arrecada em donativos e recursos amoedados no grupo espírita ou proveniente de outras fontes.
O melhor em matéria de serviços de assistência para a equipe espírita será escolher pequenas, valiosas e proveitosas atividades de amor ao próximo que não exijam muito dinheiro e nem pesem em demasia na balança financeira, dando oportunidade de serviço a muitos companheiros, dispensando criar e sofrer por manter obras monumentais para trabalhar na caridade. O trabalho de assistência social não pode se transformar numa tortura financeira, pois esqueceremos a essência e finalidade da caridade. Encerrando este humilde esclarecimento, vamos reproduzir as palavras do devotado amigo espiritual Batuíra, em seu livro “Mais Luz”, lição n. 84, pág. 109-110, que traduz para nós uma boa e prudente orientação para os grupos espíritas da atualidade, quanto às suas lutas e dificuldades na manutenção dos serviços de caridade: “Abeiramo-nos de uma época em que a bênção da caridade precisará nascer no rumo da prestação de serviço e, por esta mesma razão, as próprias casas de beneficência, no porvir, se manterão por si próprias à custa do esforço e da colaboração dos que se beneficiam delas e daqueles que as dirigem com alma e coração”.

 
Entrevista concedida por Walter Barcelos, extraída do sitewww.mariadenazare.com.br/editora_didier/artigos/artigo0021.html - 16k



colaboração de Ceres

VAMOS COMEMORAR !!!


                                    Os 145 Anos de "A Gênese"
 
A Gênese: os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
 
Há 145 anos, em janeiro de 1868, Allan Kardec fazia o coroamento da Codificação, publicando "A Gêneste", abordando questões relevantes no campo do conhecimento à luz dos princípios espiritistas.
Tal obra continua inabalável em seus fundamentos, confirmando a tese da atualidade do pensamento Kardequiano, e de que nada tem o espiritismo a perder com o avanço da Ciência. Aliás, é a Doutrina dos Espíritos que muito tem a oferecer ao conhecimento humano em geral.
A Gênese constitui uma extraordinária aplicação dos princípios espiritistas às questões consideradas importantes para o pensamento humano. Mas o destaque especial é quando aborda Allan Kardec os caracteres da Revelação Espírita, ressaltando o aspécto religioso ou evangélico do Espiritismo, presente na sua feição de Consolador Prometido por Jesus e a Terceira Revelação de Deus aos homens, com finalidade de restaurar o Cristianismo Primitivo na Terra, ou seja, A Religião do Cristo.
E a Gênese termina com um belo estudo o "final dos tempos", recordando-nos que o "fim do mundo" significa o fim das iniquidades e a passagem do planeta Terra para a fase de regeneração, ressaltando que "unicamente o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra", somente ele pode fazer reinar entre os homens a concórdia, apaz e a fraternidade.

(Texto extraído da internet)








Colaboração de ceres



sábado, 12 de janeiro de 2013

COPIANDO E COLANDO



Magnetismo, a Ciência Gêmea do Espiritismo

 
Segundo Kardec, Magnetismo e Espiritismo são ciências gêmeas, completam-se uma a outra. E a que se separasse da outra cairia num impasse. Está na hora de recuperar a medicina de Mesmer e o sonambulismo, janela da alma.

 Allan Kardec estudou o sonambulismo por 35 anos, antes de iniciar sua pesquisa sobre o Espiritismo.
Franz Anton Mesmer, antes mesmo de 1779, quando publicou seu primeiro livro, já registrava a capacidade extraordinária de seus pacientes, quando induzidos ao que considerou ser um “sono critico” e seus discípulos e admiradores passaram a chamar de “sono mesmérico”.
Mesmer aplicava os passes com a finalidade de alcançar a cura; alguns pacientes, porém, caiam num sono especial. Os seus sentidos se ampliavam, enxergavam no escuro, ouviam à distância, respondiam à distância, respondiam ao comando do pensamento!
O médico alemão dedicava todo seu esforço a acordar os médicos para a verdadeira medicina, enfrentando sarcasmo, calúnia e perseguição. Para propor a técnica do passe magnético já foi um terrível enfrentamento. O que se diria se Mesmer revelasse o sexto sentido humano, despertado pelo sono induzido?

                   UMA COMISSÃO INVESTIGATIVA
Uma comissão de sábios foi convocada pelo Rei Luis XVI da França, depois dos clamores populares pelo Magnetismo Animal, que os atendia, diferente dos médicos dedicados aos endinheirados.
Mesmer propôs que formassem dois grupos de pacientes. Um seria tratado pela medicina comum (que, vale lembrar, fazia uso de sangrias, vomitivos e pó de múmia), outro grupo seria tratado pelo Magnetismo Animal. Se este último apresentasse resultados melhores, mereceria ser pesquisado pelas academias e universidades.
Sua ideia contudo, foi recusada. Os cientistas e médicos “são tomés”, queriam ver para crer. Mas ver o que? Perguntava Mesmer, que, se o fluído vital é invisível, mas tem efeitos sobre o organismo, como o imã age sobre o outro sem que nada se visse? Foi inclusive, exatamente esse o motivo da escolha do nome, Magnetismo Animal. Mas os cientistas certamente não chegaram a abrir seus livros.
A comissão, presidida por Lavoisier, depois de três meses procurando um fluido vital com suas lupas, decidiram que o Magnetismo Animal não existia, porém, perceba a contradição, concluíram que fazia mal à saúde.
Como algo que não existe pode fazer mal a saúde? – Perguntavam-se os magnetizadores, sem resposta. Indignado o Marquês de Puységur, discípulo dedicado de Mesmer, escreveu aos participantes da comissão demonstrando a realidade da cura. Depois, escreveu suas memórias registrando os fenômenos extraordinários do sonambulismo provocado. Grupo de estudos e experimentações se espalharam pela Europa. Até que a Revolução Francesa roubou toda a atenção em volta para o sangue derramado.

                           VOLTA TRIUNFAL
No século seguinte, grandes nomes surgiram nessa nova ciência que se estabelecia, e o nome de Mesmer foi recuperado, como suas obras e conselhos. Continuou Puységur, surgiram Deleuze, Lafontaine, Alfonse Cahagnet, Ricard, Barão Du Potet e muitos outros que abriram novos caminhos.
Quando Hippolyte Rivail chegou a Paris, na década de 1820, o Magnetismo estava estabelecido e respeitado. Seu educador, Pestalozzi, havia recomendado o estudo da Homeopatia e Magnetismo Animal, ciências progressistas e espiritualistas. Rivali procurou o curso prático de Magnetismo do Barão Du Potet, o mais conceituado na época, autor de vários livros e um influente jornal. Foi fundamental para a futura pesquisa de Rivail, ter iniciado suas pesquisas pela escola de Du Potet. Esse magnetizador era fiel ao postulado de Mesmer e considerava o fluido universal e a existência de um sexto-sentido que permitia a telepatia e outros fenômenos. Já havia, inclusive, suspeitas do corpo espiritual.
 
                         MESAS COM CÉREBRO
Quando Rivail foi informado pelo magnetizador Carlotti sobre as mesmas girantes, logo conclui tratar-se de um fenômeno natural, causado pela acumulação de fluido vital sobre o móvel. Deveria ser apenas um fenômeno físico, uma novidade, mas nada alarmante ou extraordinário, pensou. Porém, quando o entusiasmado italiano voltou a procurá-lo, anunciando que as mesas estavam sendo “sonambulizadas”, aí era demais! Rivail conhecia o sonambulismo em detalhes, era um fenômeno psicológico, envolvia a mente e suas capacidades desconhecidas. Agora, “sonambulizar” uma mesa? Sua resposta ficou famosa, e nem por isso bem compreendida: “Até provarem que uma mesa tem cérebro, prefiro considerar essa, uma história para boi dormir!”
Sabendo que muitos outros magnetizadores, sérios estavam estudando o fenômeno novo, as mesas girantes, Rivail foi conferir de perto, e percebeu que era uma nova descoberta; ninguém estava sonambulizando a mesa; ela estava sobre a ação de seres espirituais e não dos participantes com suas mãos estiradas sobre o móvel.
Todos os espíritas conhecem como a história continua, o avançar de sua pesquisa, a adoção do pseudônimo Allan Kardec, para a publicação de O Livro Dos Espíritos.
Poucos sabem, porém, que Kardec declarou muitas vezes que o Espiritismo não veio substituir ou suplantar o Magnetismo Animal. Considerou as duas ciências irmãs e complementares. No ultimo ano de sua missão, em 1869, escreveu : “O Magnetismo e o Espiritismo são, com efeito, duas ciências gêmeas, que se completam e explicam uma pela outra, a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se apoiar na sua congênere. Isoladas uma da outra, detêm-se num impasse. São reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia”.
O recado de Kardec, quando o Espiritismo já lhe era completamente conhecido, é historicamente relevante em sua época, e também em nossa. O Magnetismo Animal não tinha como evoluir sem o apoio do Espiritismo. Mas hoje, No Brasil, os espíritas perderam contato com a ciência de Mesmer. Como fica, então, a advertência de Kardec sobre “imobilizar-se”, que ele frisou no texto original?
Magnetismo Animal é uma ciência dedicada à renovação da medicina, colocando-a nos trilhos do espiritualismo. Busca atingir as causas da doença, considerando os sintomas apenas efeitos. A Homeopatia, criada por Hahnemann tem como obra fundamental o Organon, livro em cujos parágrafos encontra-se uma recomendação de seu criador para associar os remédios homeopáticos ao passe magnético: “um presente de Deus aos homens”. Além disso, o Magnetismo propõe a pesquisa do sonambulismo provocado, instrumento necessário para se estudar a alma. Em O Livro dos Espíritos a importância do fenômeno está declarada com clareza : “Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno fisiológico, é uma luz projetada sobre a Psicologia. Nele que se pode estudar a alma, porque é nele que ela se mostra a descoberto”.
 
                            ALMA E ESPÍRITO
Poderíamos dizer que o Magnetismo Animal estuda a alma (Espirito Encarnado), enquanto o Espiritismo pesquisa o Espírito (alma desencarnada).
Na primeira edição da Revista Espírita, em janeiro de 1858, Allan Kardec deixou bem clara a importante ligação entre as duas ciências, convocando os magnetizadores, dos quais fazia parte, para ombrearem o estudo das novas descobertas : “Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que essa descoberta ( se pode dar esse nome) iria representar um golpe fatal no Magnetismo, e que ocorreria com ele como as invenções, das quais as mais aperfeiçoadas fazem esquecer a precedente. Esse erro não tardou em se dissipar, e, prontamente, se reconheceu o parentesco próximo dessas duas ciências.
 
                    FALAR DE UM E DE OUTRO
“O Magnetismo preparou os caminhos do Espiritismo, e os rápidos progressos dessa última doutrina são, incontestavelmente, devido a vulgarização da ideias da primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às manifestações espíritas, não há senão um passo; sua conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar do outro. Se devêssemos ficar fora da ciência magnética, nosso quadro estaria incompleto, e se poderia nos comparar a um professor de física que se abstivesse de falar da luz”.
E então conclui : “Devíamos aos nossos leitores, essa profissão de fé, que terminamos rendendo uma justa homenagem aos homens de convicção que, afrontando o ridículo, os sarcasmos e os dissabores, então corajosamente devotados à defesa de uma causa toda humanitária. A posteridade lhes fará justiça; colocará o nome do Barão Du Potet, diretor do Jornal do Magnetismo, do senhor Millet, diretor da União Magnética, ao lado de seus ilustres predecessores, o marquês de Puységur e o sábio Deleuze. Graça aos seus esforços perseverantes, o Magnetismo, tornado popular, colocou um pé na ciência oficial, onde dele já se fala, em voz baixa. Essa palavra passou para a linguagem usual; ela não espanta mais, e quando alguém se diz magnetizador, não lhe riem mais ao nariz”.
 

*PAULO HENRIQUE DE FIGUEIREDO pesquisa o Espiritismo e o Magnetismo Animal há 25 anos, é autor do livro "Mesmer, a Ciência Negada e os Textos Escondidos" e coordenador editorial da revista Universo Espírita.








Matéria publicada originalmente na revista Universo Espírita, umas das publicações espíritas mais profundas e esclarecedoras já surgidas no mercado editorial. A revista está paralisada momentanemente na busca de recursos para prosseguir na sua trajetória. O portal da Sociedade Espírita Nova Era trará, eventualmente, alguma matéria da publicação procurando manter viva esta iniciativa, tão importante para o Espiritismo.




*Leia os cinco livros básicos da Doutrina Espírita, codificada por  Allan Kardec:
  • O LIVRO DOS ESPÍRITOS
  • O LIVRO DOS MÉDIUNS
  • O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
  • O CÉU E O INFERNO
  • A GÊNESE




















Colaboração de Ceres






 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A DOUTRINA DE JESUS


                                 O amor

O amor é o sentimento que acima de tudo resume, de forma completa, a doutrina de Jesus... (O Evangelho Segundo o Espíritismo – cap. 11, item 8

O amor é a fonte de todas as virtudes, é a mãe de luz, tendo Deus como Pai. É a força divina por excelência, que nos dá alegria, sendo o alimento dos Espíritos.
O amor começa nas afinidades e faz uma viagem pelo progresso, crescendo cada vez mais na iluminação que a vida pode lhe oferecer. A sua estrutura de energia é grandiosa, chegando ao ponto de o evangelista João dizer que Deus é Amor, conceito divino que ficou conhecido no mundo inteiro, que todos respeitam.
Muitos procuram exercitar essa virtude, fazendo dele, como fenômeno, o fator de mudança de comportamento das criaturas. Se você começa a pensar no amor, perde o poder de ferir; se o amor é o seu assunto do dia, não tem lugar na sua mente para o ódio; se o amor lhe interessa nas conversações, tem mais facilidade de liberar o perdão; buscando amizade com todas as criaturas, quando o amor é motivo de vida para a sua vida, a caridade desempenhará a vontade de Deus no seu coração.
O afeto, quando inicia sua vida na vida do homem, fica mais conhecido como alma boa, que entende e procura entender a Jesus. Na Terra, a única religião que podemos compreender como verdadeira é o amor; ele brilha em todas as nações, e nos empresta meios de elevação para a conquista dessa virtude singular. Ele se aninha no coração das pessoas e se expressa como simpatia que agrada a todos, irradiando-se para todos os lados, mostrando no silêncio que existe a felicidade.
O amor domina todas as dimensões da vida, chegando até Deus. Jesus se fez o Mestre dos mestres pelo amor, que Deus lhe ensinou. Os Espíritos somente se libertam quando conseguem conquistar o amor, pois no exercício dessa virtude a iluminação atinge a cidade intima, fazendo com que a consciência tranquilize, atingindo igualmente o coração, de maneira a desprender energias para os que nos procuram; e a doação é sem limites, ainda mais, sem exigências.
O amor é paz, porque dá nascimento à harmonia; a harmonia fertiliza o campo onde prospera a alegria, e essa ajuda na disseminação do perdão, que não se esquece da amizade...
A Doutrina Espírita, se é Jesus voltando para a humanidade, pode-se dizer que é a afeição visitando as nações, para o engrandecimento da harmonia em todos os cantos da Terra. E ainda, por impulso de Cristo, educa e instrui a todos, fazendo-o por amor.
Se você deseja crescer espiritualmente, dedique-se aos trabalhos que a Doutrina Espírita lhe indica, que todos eles o levarão ao amor. Se você dá início ao amor, na dimensão que entende essa virtude, o Senhor o abençoe, para que ele cresça cada vez mais, chegando a sentir na intimidade a existência de Deus, reconhecendo que está sendo dirigido na sua vida por Jesus.
Miramez - do livro, Máximas de Luz pelo médium João Nunes Maia 

 

(Texto repassado por email, por  Wanda Lúcia que  o recebeu  de Sebastião e Vilma Camargo por ocasião do Natal e copiado para este blog)



Colaboração de Célia Regina

COPIANDO E COLANDO



Muita gente pergunta
Orson Peter Carrara

            É comum a interrogação sobre notícias do além. Alguns com ironia, outros com saudade, outros crédulos e mesmo incrédulos, muitos por curiosidade e alguns com vivo e salutar questionamento sobre tais possibilidades.
            O assunto é grave porque sempre há os charlatães de plantão e a ocorrência infeliz  dos pseudo-médiuns, ingênuos ou declarados, explorando a credulidade popular, causando decepções, instigando uma falsa imagem da realidade das manifestações mediúnicas e pior: prestando um desserviço à causa humanitária do esclarecimento e da harmonia social.
            A imortalidade da alma é palpável, real. Atingidos pela chamada “perda” de um ente querido – no fenômeno biológico da morte –, é natural que aquele que ficou e permanece saudoso ou aflito por notícias, queira ter informações daquele que partiu, especialmente nas ocorrências inesperadas e muitas vezes trágicas dos acidentes e enfermidades fulminantes. E surge a inevitável pergunta: posso ter notícias de fulano ou fulana?
            A ausência de conhecimento sobre a questão leva, muitas vezes, à procura de pessoas despreparadas, ingênuas, mal-intencionadas ou aos conhecidos exploradores da fé, com desdobramentos lamentáveis.
            Afinal, quem já partiu pela morte pode dar notícias? Sim, pode! Mas é necessário levar em conta vários fatores. Não é tão simples quanto parece.
            Valho-me de preciosa orientação da inesquecível médium Yvonne do Amaral Pereira (sugiro ao leitor pesquisar a rica biografia) que informou: “(...) Temos que levar em consideração o que os espíritos nos ensinam. A maioria dos desencarnados tem um período de perturbação no mundo espiritual, que pode durar semanas, meses... ou anos. Cada retorno para o Além tem suas características próprias. (...) Infelizmente, na busca ansiosa em que se encontram, poderão deparar-se com médiuns que se prestem a atendê-lo, dando-lhes mensagens escritas por eles mesmos, nem tanto por serem mistificadores ou interesseiros, mas por quererem minorar a dor sentida pelos irmãos. Desculpem-me a franqueza, mas tais mensagens, por não serem autênticas, não conseguirão consolá-los devidamente. (...)”.
            Yvonne se dirige a amigos diante do pedido de sofrida mãe cujo filho havia partido num lamentável acidente. E acrescenta mais adiante, perante as dúvidas e comentários que surgiram: “(...) Preocupo-me com aquilo que eu disse, alertando o casal que saiu daqui, agora há pouco. Vão aparecer pseudomédiuns, tantos nos centros espíritas, como fora deles. Estou antevendo uma fase de muitas mistificações, principalmente por gente ignorante e inescrupulosa, a se aproveitar de pessoas fragilizadas. Vocês sabem que é difícil obter uma comunicação psicografada de um espírito que não adquiriu ainda a lucidez necessária. (...)”.
            A advertência da incomparável Yvonne, em sua postura firme e humilde, é caminho a ser guardado para se evitar decepções dispensáveis nas pseudomensagens atribuídas aos espíritos, que surgem mesmo até como desrespeito ao sofrimento de alguém. Não temos o direito de forjar, iludir, enganar, para satisfazer vaidades ou projetar-se. Toda criatura merece respeito e os centros espíritas e médiuns devem levar em consideração a prudência que recomenda o Espiritismo diante também das notícias do além, onde igualmente estão os que iludem e buscam tirar proveito de criaturas fragilizadas. O valioso trecho, parcial, foi extraído do extraordinário livro Yvonne – a médium iluminada (capítulo 17 – O Amor que consola), de Gerson Sestini, com edição do CELD, e que poderá ser encontrado em nossas distribuidoras. Gerson conviveu com Yvonne por muitos anos e sua obra apresenta momentos peculiares dessa convivência, com casos, exemplos, advertências, experiências e lutas da conhecida e incomparável médium, que deixou valioso acervo de conhecimentos em suas valiosas obras.
            Entre os fatores que dificultam uma comunicação do além estão: a) preparo e condições do comunicante; b) preparo e condições do médium; c) local e ambientes adequados; d) necessidade e utilidade da comunicação; e) mérito dos envolvidos, entre outros.
            Não é tão simples quanto parece e é preciso prudência e cuidado com os aproveitadores. E melhor ainda é aguardar a notícia espontânea, que surge inesperada. Estudemos o assunto para evitar decepções e mais auxiliar as pessoas atingidas pela dor da separação. O tema não pode nem deve ser tratado com negligência e sem conhecimento! Ele merece respeito.  


Orson Peter Carrara (Matão/SP) é membro da Rede Amigo Espírita
Escritor e orador espírita. Constultor Editorial residente em Matão/SP, Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais.  Autor dos livros "Causa e Casa Espírita" "Espíritos - Quem são? O que fazem? Onde estão? Por que nos procuram?", seus textos caracterizam-se pela objetividade e linguagem acessível a qualquer leitor, estando disponibilizados em vários sites de divulgação espírita.
Seu site www.orsonpcarrara.com.br
e-mail: orsonpeter@yahoo.com.br
Blog: http://orsonpetercarrara.blogspot.com/



Colaboração de Célia Regina

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ODILON FERNANDES RESPONDE

Em um de seus últimos livros - MEDIUNIDADE E SEXUALIDADE, o espírito Odilon Fernandes, responde as perguntas feitas pelo médium Carlos Baccelli, a respeito de sexualidade e outros assuntos, abordando suas relações com a prática mediúnica. Algumas perguntas e respostas serão transcritas para este blog,  começando pela questão polêmica no meio espírita: o que vem em primeiro lugar - saber ou amar? Vejamos a forma como ele aborda assuntos complexos e delicados, de maneira, como ele mesmo diz, informal, porém, respeitosa.


                                                        

                              CONHECIMENTO OU AMOR?

P.  O senhor acredita que o Espiritismo tenha a palavra definitiva?
R.  Ninguém sobre a Terra, e nos círculos espirituais próximos a ela, é detentor da palavra definitiva em qualquer área do conhecimento. À excessão do Cristo, que há mais de dois mil anos, honrou a Terra com  a sua Divina Presença, Todos nos movimentamos dentro da relatividade das concepções que nos são peculiares.

P.  A palavra definitiva não está com Kardec?
R.  A palavra definitiva está em Jesus! A revelação do Amor é algo definitivo, mas a Verdade, no estágio evolutivo em que a humanidade se encontra, comporta questionamentos através dos quais ela própria - a Vesdade - torne-se sempre mais abrangente.

P.  Quer dizer que o homem já tem conhecimento bastante do que lhe é essencial - o amor?
R.  O amor é uma luz de brilho invariável; ao passo que a Verdade é luz de esplendor gradativo, que, quando se faz muito intenso, pode ofuscar a visão...

P.  O amor, por si só, é suficiente para que o espírito alcance a perfeição, transcendendo a sua limitada condição humana?
R.  "Deus é Amor"! Por que será que o apótolo não O definiu como sendo a Verdade?!

P.  Não devemos progredir em Amor e Sabedoria?
R.  Devemos; não obstante aqueles que avançam apenas em intelectualidade, esquecendo o sentimento, não comungam com o Criador. O Amor está acima da Verdade! Se não ama, ninguém é verdadeiramente sábio.

P.  Insisto: somente pelo conhecimento da Verdade, o homem é incapaz de chegar a Deus?
R.  Com o conhecimento da Verdade pode-se chegar até a porta do Reino Divino, mas somente o Amor será capaz de descerrá-la!...

P.  Para Deus, então, o Amor é o caminho?
R.  Para se chegar a Deus, o Amor é o único caminho, do qual a Verdade não passa de estrada adjacente.

(Questões de 7 a 13 do livro Mediunidade e Sexualidade/Odilon Fernandes?Carlos Baccelli)


*continuaremos com mais perguntas e respostas em oportunidade próxima.




Colaboração de Célia Regina







QUEM PERGUNTA, QUER SABER...

E RICHARD SIMONETTI RESPONDE!

                            Advento do Mundo de Regeneração


            

                                   

P.  Como poderíamos definir a diferença entre Mundo de Provas e  Expiações, estágio atual da Terra, e Mundo de Regeneração, o próximo estágio?
R.  Mal comparado, diríamos que nos Mundos de Provas e Expiações o egoísmo predominante, resquício da animalidade primitiva, é o elemento gerador de todos os males. No Mundo de Regeneração, as consciências despertas para este problema estarão empenhadas em superá-lo.

P.  Então no Mundo de Regeneração ainda prevalece o mal?
R.  Prevalece a consciência de que é preciso vencê-lo com o empenho do Bem. Equivale a dizer que nestes planetas o mal não tem receptividade nos corações e tende a desparecer.

P.  Fala-se que a promoção de nosso planeta para Mundo de Regeneração acontecerá neste milênio, provavelmente nos próximos séculos. Não estamos perante um otimismo ingênuo, considerando os graves problemas humanos que envolvem crimes, guerras, vícios, violência urbana e terrorismo, o que evidencia que a maldade ainda impera?
R.  Há muita gente envolvida com o mal por ignorância. Estes serão renovados no desdobrar das suas experiências, especialmente pela mestra dor, em reencarnações regeneradoras. O problema está naqueles que constituem uma minoria barulhenta e que têm o mal entranhado nos seus corações. Esses serão expulsos, quando chegar a hora.

P.  Tipo Bin Laden?
R.  Sim, todos aqueles que sentem prazer na violência, no vício, no crime, e que não têm a mínima sensibilidade em relação aos males que causam, aos sofrimentos que impõem aos seus irmãos.

P.  Para onde irão os espíritos degredados?
R.  Provavelmente para Mundos Primitivos, que se encontram numa posição inferior à da Terra, conforme a escala apresentada por Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo.

P.  Mas isso não contraria o princípio doutrinário de que o Espírito pode estacionar, mas nunca regredir?
R.  Um homem civilizado, condenado a viver entre aborígenes, não sofre nenhuma perda em relação à sua inteligência, cultura e conhecimentos, que, inclusive lhe serão úteis na nova situação, apesar das limitações a que está sujeito. O mesmo acontece com o Espírito condenado a viver num planeta inferior.

P.  Um Espírito intelectualmente evoluído, mas moralmente atrasado, não irá causar embaraços aos habitantes desse mundo?
R.  Não tanto quanto os benefícios que essa convivência proporcionará. Os degredados estarão mais ou menos no mesmo estágio moral que esses habitantes, mas serão superiores no estágio intelectual, favorecendo assim o progrersso dos seus hospedeiros, em cujo o seio irão reencarnar. 

P.  E ficarão para sempre por lá?
R.  Segundo Emmanuel, somos todos pupilos do Cristo, o governador espiritual do nosso planeta, compondo uma imensa família, de cerca de vinte e cinco bilhões de espíritos. Portanto, é natural que, após superarem a sua rebeldia e resgatarem as suas dívidas, ajustando-sse às Leis Divinas, os degredados regressem ao convívio humano, coisa que poderá levar milênios, mas, que forçosamente acontecerá. Como ensina Jesus, das ovelhas confiadas por Deus aos seus cuidados, nenhuma se perderá.


(Extraído da Revista Espírita Verdade e Luz)


Colaboração de Célia Regina 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

MENSAGEM DE ANO NOVO






                                           

                                                                                                                                                                                                                                                                                                     
                
  
Recomecemos

"Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho."   - Jesus
                              (Mateus,   9:16)


Não conserves lembranças amargas.
Viste o sonho desfeito.
Escutaste a resposta de fel.
Suportaste a deserção dos que mais amas.
Fracassaste no empreendimento.
Colheste abandono.
Padeceste desilusão.
Entretanto, recomeçar é bênção na Lei de Deus.
A possibilidade da espiga ressurge na sementeira.
A água, feita vapor, regressa da nuvem para a riqueza da fonte.
Torna o calor da primavera, na primavera seguinte.
Inflama-se o horizonte, cada manhã, com o fulgor do Sol, reformando o valor do dia.
Janeiro a janeiro, renova-se o ano, oferecendo novo ciclo ao trabalho.
É como se tudo estivesse a dizer: "Se quiseres, podes recomeçar."
Disse, porém, o Divino Amigo, que ninguém aproveita remendo novo em pano velho.
DESSE MODO, DESFAZE-TE DO IMPRESTÁVEL.
DESVENCILHA-TE DO INÚTIL.
ESQUECE OS ENGANOS QUE TE ASSALTARAM.
DEITA FORA AS AFLIÇÕES IMPROFÍCUAS.
Recomecemos pois, qualquer esforço com firmeza, lembrando-nos, todavia, de que tudo volta, menos a oportunidade esquecida, que será sempre uma perda real.

(Mensagem extraída do livro: Palavras de Vida Eterna / Chico Xavier/Emmanuel/ lição nº 1)


A todos, um 2013 repleto de realizações no bem!
FELIZ  ANO  NOVO!!!!!!!



Colaboração de Célia Regina