quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS

                                                      1 -  Mediunidade Espírita

          A mediunidade espírita é a que se alicerça em Jesus e Allan Kardec. A mediunidade é uma faculdade psíquica que independe de rótulo religioso - encontraremos sua presença em quase todas as crenças. Os grandes iniciados de todas as religiões eram intérpretes dos espíritos que os inspiravam. Os profetas eram missionários da mediunidade sobre a Terra. Os apóstolos, na festa de Pentecostes, ficaram mediunizados... Os santos reverenciados pela Igreja Católica, possuíam o dom de curar, a clarividência, efeitos físicos; caíam em transe com frequência.
          Todavia com Allan Kardec é que a mediunidade se tornou um intercâmbio consciente entre os Dois Mundos.  Estudando os mais diversos dons mediúnicos, criando terminologia própria, o Codificador devassou o Invisível, tornando natural o diálogo dos vivos com os chamados mortos.
          Potanto, não existe mediunidade legitimamente exercida, fora dos padões da Doutrina Espírita. O médium espírita é o que se submete à orientação doutrinária, colocando-se a serviço da Causa e não de si mesmo. O médium personalista é um médium rebelado contra os princípios que se substanciam no "dai de graça o que de graça recebestes".
          Infelizmente, muitos medianeiros promissores acabam por se entregar unica e exclusivamente à orientação dos espíritos que se comunicam por seu intermédio - marginalizam os fundamentos básicos de "O Livro dos Médiuns" e adotam uma linha de conduta que conflita com os propósitos do medianeiro bem intencionado.
          Há quem busque na mediunidade a satisfação do seu próprio ego; não está movido pela intenção de servir, mas de projetar-se,  de ter seu nome exaltado, de alimentar sua vaidade...
          O médium presunçoso, mais cedo ou mais tarde, se comprometerá. Sem retaguarda espiritual que lhe garanta o equilíbrio, estará a mercê dos espírritos sem discernimento, que o induzirão a cometer absurdos.
          Antes, pois, de cogitar do desenvolvimento mediúnico em si, deve o candidato aos serviços espirituais, no campo da mediunidade, interessar-se pela sua iluminação, no exeercício constante da humildade.
          Médiuns personalistas são agentes desagregadores; oa invés de somarem esforços, de movimentarem os companheiros à prática do bem, inspiram desconfiança e estabelecem a disputa na Casa Espírita...
          Todo médium é um tarefeiro, longe, conforme se imagina, de ser um missionário. Raros são os sensitivos que reencarnam com tarefa definida no campo da mediunidade; para a grande maioria, o trabalho vai se definido com base no seu devotamento. Alguns renascem com o compromisso, fazendo jus à supervisão espiritual das Altas Esferas; outros se decidem por ele ao travarem contato com o Espiritismo, atraindo a atenção dos Espíritos Superiores que deles se aproximam na medida exata da confiabilidade que externem...
          A idéia de que seja um espírito missionário tem sido obstáculo ao roteiro que o ser encarnado traçou para si mesmo... Imbuido de tais pensamentos, fascinado quanto as suas próprias possibilidades, foge aos compromissos imediatos, que, então, passa a considerar de natureza inferior, como sejam: o casamento e a constituição da família, o esmero na profissão e a sua participação ativa nos assuntos da comunidade...
           Mediunidade é compromisso de trabalho e oportunidade de resgate. Sobretudo, o médium é um espírito com elevados débitos cármicos, que necessita se conscientizar de sua necessidade de servir - e servir incondicionalmente!

                                                               - Carlos Baccelli/ Odilon Fernandes -


(colaboração de Célia Regina)

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