sábado, 8 de dezembro de 2012

sobre o passe

     

          Postura  do  Passista

           O passe é uma manipulação de energias em conjunto com os espíritos amigos.
           O recinto destinado ao atendimento dos passes deve estar isento de conversas por parte do proprio grupo.
           Estender as mãos e colocá-las acima das cabeças alheias não deve ser ato que a rotina mecanize. Cada passe aplicado ganha particularidades que só o passista pode identificar depois.
           Como os demais intercânbio com os espíritos, ostensivos ou sutis, requer concentração e desencarceramento mental. Nossos pensamentos, por esta razão, devem estar soltos, libertos das amarras das preocupações do dia-a-dia, mas não dispersos de maneira a dificultar o trabalho dos espíritos.
           Melhor que se preocupar com o movimento das mãos, é transfundir amor, juntamente com a prece proferida. Nossa mente é o primeiro receptáculo por onde o fluxo das energias espirituais haverão de percorrerem. Entretanto, tanto quanto existem os pacientes que assumem, pela postura refratária, a ausência de fé  e confiança nos benfeitores, igualmente, existem medianeiros que repelem essas energias, se não estiverem devidamente preparados. Por se tratar de uma atividade voltada para o bem, os espíritos amigos colaboram com frequência no sentido de suprir as deficiências identificadas.
          Todo assistido está sob o jugo da Lei de Causa  e Efeito e é por esse motivo que o passe não pode resolver todos os desajustes presentes no corpo físico, porém, atuando nas matizes que determinam a existência do corpo, muitas vezes bloqueia o desencadeamento de vários desajustes orgânicos que nem chegamos a sentir.
          São os passistas os primeiros a se beneficiarem dessas energias que vertem do Plano Espiritual como que os banhando em primeiro plano; mesmo no instante da prece inicial e justamente aí, o socorro imediato é efetivado para que o tarefeiro de Jesus se adeque, senão à altura, pelo menos próximo da exigência que o trabalho requer.
          Então, o passe posterior à finalização das atividades mencionadas, onde uns passistas atendem os outros, é providência desnecessária.
          Entre uma e outra demanda de pessoas assistidas, a postura geral deve ser de silêncio, concentração e preces. Este recinto não é posto de consulta pessoal, razão pela qual, ninguém deve se prestar a expedir orientações outras dentro dele.
          Não é local apropriado para manifestação mediúnica, seja por parte do passista ou do assistido. Quanto a ele, é perfeitamente tolerável a ocorrência de episódio, mas a orientação específica em razão do acontecido, se houver, não lhe deve faltar.
          O passe é uma transfusão de energia, potencializada ou enfraquecida pela postura correta ou inadequada que estes tarefeiros assumem. É a exteriorização do amor, que desimpede o trânsito livre desta energia que emana primeiro de Deus, destinada a atender os que imploram este tipo de socorro.

                                                                                  Antusa Ferreira Martins


(Mensagem recebida pelo médium Alaor Borges Júnior, no Lar Espírita Irmã Valquíria em 28/07/05)


Obs.: Antusa morava em Uberaba, era cega, conviveu com Chico Xavier que quando sentia necessidade de passe a procurava em sua residência, onde trabalhou nesta tarefa por mais de 50 anos.

colaboração de Célia Regina

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