domingo, 30 de novembro de 2014

JESUS E A MEDIUNIDADE


A MEDIUNIDADE DE JESUS 

Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens. 

É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova. 

E segue adiante:

*  Enaltecendo-a na inspiração junto aos doutores do Templo;  

*  Exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná;  

*  Honorificando-a, nas atividades da cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde;  

*  Ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas;  

*  Dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à frente;  

*  Glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor,

*  E, elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza. 

E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes, o momento inesquecível do Evangelho, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz. 

Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que eliecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência. 

Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe, tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana.

Portanto, os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso Divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus. 

EURÍPEDES BARSANULFO.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes. 
Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir. 

— Aqui, alguém fala em nome dos espíritos desencarnados;
— ali, um companheiro aplica energias curativas;
— além, um cooperador ensina ao roteiro da verdade;
— acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações.

Entretanto, é o mesmo poder que opera em todos. E a divina inspiraçao do Cristo, dinamizada através de mil modos para reerguer-nos da condição de inferioridade ou para sanar-nos o sofrimento.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama os títulos convencionais do mundo, quaisquer que sejam, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar beneficíos na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações lies da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros;

quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência.

Dar para receber. Auxiliar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a bênção do amor.

Eis a lei, que impera igualmente no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida imperecível.

Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atender às determinações do auxílio mútuo.

Nesse terreno há muito que fazer os círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as vantagens da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a aplicação respectiva no esforço da sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço com raciocínio no sentimento.

Sem maturidade para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e preciso se torna ao instrumento humano da verdade, armar-se convenientemente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

— Age, assim, com isenção de desânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de esclarecer e de auxiliar.

— Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmão dos infortunados, na certeza de que o Senhor é o Manancial de todas as Bênçãos.

— O lavrador semeia, no entanto, é a Bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto.

Indispensável marchar de alma erguida para o Alto, vigiando, embora as serpes e espinhos que povoam o chão. Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralizasse os impulsos mais lies, tão-somente porque a opínião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata. 

Não importa que o tempo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade. 

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava administrar os dons celestes sob um teto emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abnegados e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza. 

Não te apoquentes e segue com serenidade. 

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício. 

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvárío acima, os acúleos se transformam em flores e os braços da cruz se transformam em asas de luz para a alma livre na imortalidade. 

Não desprezes a oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta. 
A estância física é uma estrada breve. 
Aproveitamo-la sempre que possível na sementeira do Bem. 

Em suma, ser médium no roteiro cristão, é doar de si mesmo em nome do Mestre. 

E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra. 

— Segue para diante, amando e servindo. 
— Não nos deve preocupar a ausência de alheia compreensão. 

Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme a Inesquecível Orientador que nos observou: "Amai-vos uns aos outros, tal qual eu vos amei".

BEZERRA DE MENEZES 



Copiado e colado do site "forum Espírita"








































Colaboração de Célia Regina

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