domingo, 27 de setembro de 2015

O QUE É ECTOPLASMA?


Ectoplasma


              

Ectoplasma 
 O termo que surgiu nos meados do século XIX, após os fenômenos de Hydesville,  é uma substância mais ou  menos visível  (quase transparente,  com reflexos leitosos) que se exterioriza de certos médiuns. Mas a substância em si já era conhecida muito possivelmente na Idade Média, pois Thomas Vaugham, no “LUMEN DE  LÚMINE”, faz uma descrição que parece referir‐se ao ectoplasma. Diz ele:  “Tendo apanhado um pouco desse licor para estudar que estranha substância era essa, reconheci que se desfazia como a neve. Quando a tinha nas mãos, não era água comum,  mas uma espécie de óleo,  cuja consistência viscosa,  graxa,  mineral,  brilhante como a pérola, me pareceu transparente como o cristal. Examinando‐a ainda, pareceu‐ me que tinha certa aparência espermática e, em verdade, era ainda mais obscena ao tato  que à vista”.  Dizem os pesquisadores que é pesada,  úmida,  viscosa e fria  e tem vida e movimentação própria, saindo e reentrando no corpo do médium, evoluindo, passeando,  formando hastes móveis, coma cobras, plasmando mãos, rostos, braços, etc.  O engenheiro E. K. Muller, no dia 11 de novembro de 1931, conseguiu colocar  algumas gotas de ectoplasma num vidro,  tapado com rolha de vidro  esmerilhado.  Pareciam pequenas gotas de água.  Essas gotas modificavam‐se constantemente,  movendo‐se. O odor era ácido. Foi parafinado o invólucro, mas apesar disso a aparência da substância se modificava,  tomando  as mais diferentes formas.  Ao  microscópio,  mostra  uma rede de filamentos complicados,  de cor  escura,  mas sem estabilidade,  mesmo muitos anos após.  O  Dr. Juliano Ochorovicz  e o  Prof.  W.  J.  Crawford, de Belfast, chegaram a fotografar o ectoplasma sob forma de projeções flexíveis,  saindo do corpo do médium pelas  aberturas naturais,  sobretudo  dos órgãos genitais e boca.  Pode alongar‐se,  levantar mesas, erguer objetos, funcionar como alavanca, bater, etc. Crawford descreve a substância como  fios muito  finos,  provenientes do  corpo  do  médium,  praticamente invisíveis;  fios frios e úmidos,  desagradáveis ao  toque.  Considera a substância como  “intimamente ligada ao sistema nervoso do organismo humano”.  O Dr. Scherenck Notzing diz que é uma “substância de emanações das energias vitais do corpo do médium, sendo capaz de fosforescência animal, como as propriedades fotogênicas de certos peixes”. Concorda com Crawford e com o Dr. Gustavo Geley.  O  engenheiro  Bourg  de Bozas diz  que o  ectoplasma é uma irradiação de substância orgânica,  condutora de sensibilidade nervosa.  Sai e reentra no médium sob efeito de comoções nervosas ou sob efeito  da luz;  é uma “substância‐energia,  ora mole como  a gelatina, ora rígida nas extremidades como o aço”. Diz  mais: “sua penetração energética é mais poderosa que os raios X e os raios gamma do rádium”.  Ectoplasma expelido pela boca (Scherenck Notzing, "LES PHENOMÈNES PHYSIQUES DE LA MÉDIUMNITÉ", prancha 7. pág. 80). 88 – Carlos Torres Pastorino O Dr. Geley, na obra “DO INCONSCIENTE AO CONSCIENTE”, chama a atenção sobre as sensações que repercutem no médium, quando o ectoplasma é tocado, podendo ser  mesmo  dolorosas: “Sai de todo  o  corpo  do  médium,  mas especialmente dos orifícios naturais e das extremidades do corpo (do alto da cabeça e das pontas dos dedos), sendo mais frequente da boca (palato,  gengivas e bochechas). A substância é extremamente sensível, confundindo‐se suas sensibilidade com a do médium hiperestesiado. Parece ser  altamente desconfiada, como um animal tímido, que só pode defender‐se reentrando no corpo do médium. Evita todos os contatos, retraindo‐se e reabsorvendo‐se”. Efeitos físicos: Exteriorizações do duplo etérico, por meio de passes magnéticos (Gravuras de livro “FORMES MATÉRIALISÉES”, de Raoul Montandon,  págs. 16 e 17). O ectoplasma pode assumir qualquer forma, mas permanece sempre ligado ao  médium por fino fio  semelhante ao cordão  umbilical.  Parece que se trata do  próprio  duplo etérico ou do corpo astral do médium, parcialmente exteriorizado.  Raoul de Montandon  (“FORMAS MATERIALIZADAS”,  donde extraímos este resumo) escreve que o ectoplasma é o corpo  etérico  ou  substractum da matéria organizada (pág. 286).  Diz  ele:  “é energia vital  materializada,  já que,  nas  formas organizadas, o corpo etérico é o detentor da vida”.  No entanto, ponderamos que o duplo ou também chamado corpo etérico, que de perto  vivifica o corpo físico  denso, é representado no físico  pelo elemento sanguíneo,  como se lê desde o Deuteronômio: “o sangue é a vida dos seres animais” (12:23). 89

(Texto do livro TÉCNICA DA MEDIUNIDADE de Carlos Torres Pastorino)

Nenhum comentário:

Postar um comentário