domingo, 14 de outubro de 2012

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS


                                                                       

                                                                      DÚVIDAS

          Observam-se médiuns com permanentes dúvidas quanto à autencidade das comunicações, mesmo quando estas ocorrem por seu intermédio. Como superá-las?
          Insistindo no exercício da educação mediunica.
          Sempre usamos uma imagem um tanto grotesca. Quando se vai ao dentista, a primeira frase que ele pronuncia é: - Abra a boca - . Se nós dissermos: - Não vou abrir -, nada poderá ser feito.
          Na prática mediunica a primeira atitude do sensitivo é abrir a boca (da alma) e ficar aguardando a idéia para exteriorizá-la.
          A tarefa do doutrinador - que conhece a pessoa - é a de examinar o que o médium está falando. Daí, a necessidade do relacionamento antecipado para aquilatar a qualidade do comunicado.
          Segundo Allan Kardec, no fenômeno mediúnico há nuances de natureza anímica, porque é da personalidade.  Se o espírito dá um recado, o médium transmite de forma como o entendeu, por uma razão a considerar: o pensamento do comunicante possui uma linguagem universal, portanto, a interpretação é feita pelo intermediário.
          O médium não é uma máquina gravadora. se alguém, no final dos trabalhos nos perguntar como foi a prática mediúnica de hoje, vamos contar conforme a entendemos. Vai ser autêntico porque retrata o espírito do trabalho de intercâmbio espiritual e será também um fenômeno pessoal, porque as idéias são vestidas com as palavras do narrador.
          Ninguém pode esperar, durante a prática mediúnica, que se comunique um espírito falando grego ou turco imediatamente. Ele tem que usar o médium. Se o sensitivo não teve nenhuma encarnação na Grecia ou na Turquia não poderá falar o idioma desses países, simplesmente, porque não possui matrizes sedimentadas no seu perispírito para que se dê o fenômeno de xenoglossia.
          Um exemplo: sou um indivíduo analfabeto e digo a duas pessoas:  - Dê este recado a beltrano  - uma de média cultura e outra lúcida. Pergunta-se: - Quem dará melhor o recado?  - A que tiver melhor capacidade intelectual, é o lógico. Assim é na questão da mediunidade: os médiuns mais bem dotados possuem uma capacidade maior de transmitir o pensamento das entidades comunicantes.
          É preciso também adicionar-se aí, o fator filtragem, que é fruto de um trabalho de educação mediúnica, a longo curso, no qual se incluem a sintonia e o exercício.

   ( do livro "Qualidade na Prática Mediúnica"-Projeto Manoel Philomeno de Miranda )



Colaboração de Célia Regina


                                                                                         

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