domingo, 21 de outubro de 2012

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS





Missão ou Expiação


Mediunidade é missão ou expiação?
Definir a posição mediúnica é importante.
Como todas as tarefas a mediunidade pode ser exercida com satisfação íntima ou sob constrangimento. E sabemos que o serviço que se cumpre com alegria rende mais e é mais bem desempenhado, ao passo que as tarefas cumpridas com constrangimento, à semelhança de quem realiza doloroso e sacrificial dever, dificilmente alcançam seus objetivos.
Ocupemo-nos ligeiramente de termos.
Expiação é viver as consequências de maus atos.
Provação é testemunhar as nossas aquisições íntimas.
Missão é benefício ao nosso semelhante.
Assim, o mesmo serviço poderá ora ser expiação, ora provação, ora missão - atendendo ao colorido com que a criatura o realiza e que umas poderão desenvolvê-lo com alegria, outras outras com grande sacrifício e algumas sob protestos.
Percorramos uma oficina comum.
Ali se ganha honestamente o pão de cada dia.
Encontraremos, no entanto, reações variadas.
Nos mesmos serviços e nas mesmas condições salariais, sob a mesma técnica e dentro da mesma administração, encontraremos operários que se revelam satisfeitos no desempenho de seus trabalhos e outros que se revelam azedos e insatisfeitos, sem interesse e sem alegria.
O serviço não variou.  As tarefas são iguais.
Para um é missão; para outro expiação.
Pessoas há que  seguem para as reuniões mediúnicas como quem escala doloroso calvário, sob a chibata de seus inimigos e debaixo da ironia de seus algozes.  Tudo lhes é difícil.  O horário, a condução, o abandono das diversões frívolas, o afastamento das visitas inesperadas.
Já outros seguem lépidos, cantantes pela oportunidade de servir em nome do Senhor, quais legítimos obreiros da Boa Nova, colaborando na construção de um mundo mais feliz e mais risonho - onde todos estejam ajustados às Leis da Espiritualidade.
Examinando tais fatos, o médium não deve aceitar que, mediunidade é um pesado encargo que se cumpre inevitavelmente com sacrifício de suas mais caras preferências ou sob a ameaça de algum chicote invisível.  Se se deixar possuir por esse ânimo negativo, o mau humor se instalará em seu coração e a má vontade  será o fruto dessa árvore.
É necessário possuir-se, na expressão do sábio Espírito  Emmanuel, do: espírito missionário, e ter na função mediúnica uma doação celeste; banhar-se nos eflúvios de Jesus que nos confia, embora nossa pequenez, tarefas delicadas e fundamentais, elevando-nos a semeadores da felicidade.
Somente os estudantes apressados poderão classificar a mediunidade como o estigma que demarca os maiores devedores do universo, qual se todos os médiuns fossem meros marginais ou perigosos desequilibrados psíquicos.
Não se viva sob tal indução depressiva.
O médium que se tranforme num mandatário da paz!

(do livro Desenvolvimento Mediúnico - Roque Jacinto - Lição 8)


Colaboração de Célia Regina


 

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