segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A MEDIUNIDADE DE EURÍPEDES BARSANULFO



 



                                                UM SERVIÇO DE CORREIO DIFERENTE


          A faculdade de bilocação de Eurípedes, proporcionava confortadores instantes de serenidade a corações aflitos.
          Naquela época, residia em Sacramento a família Pinto valada. O chefe - Cândido Pinto - efetuava frequentes viagens, atendendo a negócios de gado.
          Uma vez, rumara para o Espírito Santo da Forquilha. Longos dias foram decorridos sem que a família recebesse dele alguma notícia.
          A esposa ficara, naturalmente, apreensiva. O mês esgota-se e, com ele, a tensão nervosa de D. Aninhas aumentava, a ponto de não resistir ao impulso de procurar Eurípedes e rogar-lhe socorro.
          Naquele mesmo dia, Eurípedes conforta o coração aflito de D. Aninhas, afiançando-lhe que o marido estava bem de saúde e que providenciava o envio de um portador para Sacramento, objetivando a remessa de notícias, O portador era um moço negro.
          A seguir, Eurípedes fizera circunstanciada descrição dos lugares por onde passara na velha Forquilha: o poético córrego da entrada, onde várias mulheres, a cantar, lavavam roupa. As serras, punham uma nota de pureza ao ambiente, com perspectiva azulada. As ruas esburacadas e as casas velhas, de lúgubre aspécto.
          D. Aninhas ouve com os olhos molhados e o coração transportado de alegria, ainda anseia por mais conforto e pergunta:
          "- Quando chegará esse portador?
          - Daqui a três dias, no máximo."
          Realmente, no prazo indicado por Eurípedes, chega o moço Gabriel, da parte do Sr. Cândido Pinto, trazendo boas notícias do viajante. O portador era um jovem negro.

(do livro Lindos Casos da Mediunidade de Eurípedes)



Colaboração de Célia Regina

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