quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SUICÍDIO, UM GRANDE EQUÍVOCO


 
Esta é a grande decepção sofrida pelos que ingressaram no Mundo Espiritual pela ilusória porta do suicídio. Sonharam com a morte e encontraram a vida mais abundante; pensaram fugir dos problemas e os encontraram maiores.


          O suicídio é o maior equívoco que alguém pode cometer. A falta de uma orientação sob a ótica da imortalidade da alma e a falta de fé são fatores complicadores. Nós somos Espíritos imortais, e a vida no corpo apenas representa uma etapa de nossa
eterna existência.
          A vida continua plena após o estágio no corpo físico. Cada desencarnado acordará no plano espiritual com as virtudes, os vícios e os problemas não resolvidos.
          Esta é a grande decepção sofrida pelos que ingressaram no Mundo Espiritual pela ilusória porta do suicídio: sonharam com a morte e encontraram a vida mais abundante; pensaram fugir dos problemas e os encontraram maiores. É necessário entender a mensagem que a vida oferece em forma de dificuldades. Estas existem como desafios, para promover o progresso, tanto do lado moral quanto no intelectual.
           Tivesse o candidato ao suicídio o mínimo de fé, aprenderia a interpretar a vida como uma dádiva divina; e confiante na misericórdia do Pai, que a ninguém abandona, jamais se sentiria só; encontraria, assim, força para vencer.
            Tudo passa e a vida continua. Nunca deverá o homem imaginar que os problemas são eternos.
             Lembremos do nosso querido Chico Xavier que, certo dia, sentindo intensificados os problemas de saúde que o faziam sofrer, apelou ao seu mentor Emmanuel, para interceder junto a Maria, Mãe de Jesus, em busca de uma solução.
             Emmanuel retornou, depois, dizendo-lhe para anotar a resposta de Maria. Chico apanhou lápis e papel, ouvindo de Emmanuel: "Ela disse que isso também passará". A partir daquele dia, Chico gravou em sua memória esta frase, de forma que, quando se sentia em sofrimento, lembrava-se: "isso também passará".
            Problema algum, por maior que possamos imaginá-lo, justifica a atitude preciptada do suicídio.
            Se o desafio é na área financeira, lembremo-nos de tantos que enfrentaram situações idênticas, mas acreditaram na vitória, e trabalhando venceram. Enfermidades incuráveis? Incurável é apenas uma palavra que representa a limitação do ser humano, pois para Deus nada é impossível. Um diagnóstico médico sobre a irreversibilidade de uma doença, por mais respeitável que seja, nem sempre corrresponde à realidade. Não esqueçamos que acima dos médicos da Terra, existe o Médico Divino. Algumas vezes, Deus, na Sua infinita sabedoria, permite que vislumbremos a morte, através de uma doença grave, para que possamos refletir sobre a importância da vida. É comum, em situações como esta, o enfermo reconheceer as falhas cometidas, e replanejar a vida, tornando-a mais útil, vencendo o egoísmo e amando o próximo.
           Esta mudança de atitude corrige desarmonias vibratórias que poderão se refletir no composto celular em forma de cura; e aquele que, segundo o diagnóstico médico, teria alguns meses de vida, vive ainda 20 ou mais anos, desencarnando de forma diferente da diagnosticada.
           Deus jamais abandona seus filhos. Dirijamos a Ele as nossas súplicas nos momentos em que maiores se tornam as aflições, e confiemos nas promessas do seu intermediário - Jesus: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei".
           Ao identificarmos em nossa família ou entre amigos alguém que esteja neste grupo de risco, a nossa atitude não deve ser como de salvadores, querendo persuadí-los, de imediáto, que se encontram doentes e precisam de ajuda. Uma abordagem direta, principalmente em situações causadas por obsessão, poderá fazer com que os adversários invisíveis apressem a execução do plano, que é conduzí-lo ao suicídio.
           Utilizemos a pedagogia de Jesus - as parábolas. Falemos da vida e seus inevitáveis desafios, destacando, todavia, o final feliz para aqueles que decidem encará-los, acreditando na solução. Estimulemos esta pessoa a visitar outras que se encontram em hospitais, que, em situação pior que a dela, porém reagem com otimismo e ou resignação. Relatemos fatos onde os problemas pareciam maiores que a capacidade de superação de quem os sofria; no entanto a solução chegou através de circunstâncias inesperadas, favorecidas pela misericórdia divina.
            Dessa forma ele irá compreender o que afirma Allan Kardec em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (cap. V ítem 14): "A calma e a resignação hauridas da maneira de encarar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é a melhor forma de se preservar contra a loucura e o suicídio."

     (Publicação de O Reformador - FEB / maio de 2006)


Colaboração de Célia Regina

Nenhum comentário:

Postar um comentário