domingo, 28 de abril de 2013

CONVERSANDO COM OS MÉDIUNS


Apoio aos Médiuns
 
 
 
                Se o elogio pode produzir efeitos negativos sobre o médium, a palavra de incentivo não lhe deve ser negada.
          Os médiuns, de uma maneira geral, necessitam de proteção que os auxiliem a perseverar e de companheiros devotados que lhes secundem os esforços na Doutrina.
           O pequeno ou o grande grupo que orbita em torno do medianeiro é o seu sustentáculo na tarefa; companheiros que orem por ele, que escutem os seus desabafos, que registrem as suas queixas, que auscultem as suas necessidades - sim, porque com facilidade se esquece que o médium é um ser humano. Não se trata de idolatria; trata-se irmãos que estejam dispostos a doar a eles as energias imprescindíveis à continuidade do serviço espiritual...
          Dirigentes de reuniões mediúnicas indiferentes às provas dos médiuns que com eles operam, deveriam a nosso ver,  abdicar de suas funções. Criar condições para que o medianeiro produza é tão importante quanto ser médium. Que seria da terra sem a enxada do lavrador? Por mais fértil - e justamente por isto, - seria tomada pela erva daninha.
          O dirigente espírita precisa cobrar presença do medianeiro nas reuniões, insistir mesmo pelo seu comparecimento e não simplesmente dizer que cada qual sabe de sua responsabilidade... Dirigir significa orientar, tomar providencias, solucionar problemas, antecipar-se a eles, enfim, zelar para que a atividade seja produtiva. Não é tornar o medianeiro dependente psicologicamente, mas criar uma atmosfera espiritual que lhe seja propícia, que o faça querer comparecer à casa espírita onde, com certeza, haverá de se refazer dos seus desgastes psíquicos.
          O médium carece não apenas do apoio dos instrutores espirituais desencarnados; muitas vezes, o amparo dos companheiros encarnados é que os auxilia nos instantes de compreensível debilidade, quando as suas imperfeições afloram e ele se deixa dominar pelo desânimo. Não é apenas receber, através da ajuda do medianeiro, a palavra esclarecedora da espiritualidade - ignorar a carência dos médiuns é deixa-los, seguindo sob a influência das trevas. Somos de parecer que cada núcleo espírita deveria manter um grupo de apoio aos médiuns - apoio doutrinário e mediúnico, mas também pessoal. É claro que, para tanto, o discernimento é indispensável pois, em qualquer setor de atividades, o excesso produz deformações.
          O dirigente espírita indiferente aos seus médiuns, seria o mesmo que o pastor que não se importasse com o rebanho. Jesus, após o epsódio da crucificação, ainda não esteve por cerca de quarenta dias com os companheiros, cooperando para que vencessem as indecisões de ordem íntima?! Será que os apóstolos teriam se lançado com tanta determinação ao serviço de pregação da Boa Nova, se o Senhor não tivesse voltado do túmulo?!...
          A tarefa do dirigente espírita junto aos médiuns é muito importante, decisiva mesmo nas opções que venham a fazer; ele deve se assemelhar à de um pai preocupado com a formação dos filhos... Muitos medianeiros que têm feito a glória do espiritismo, talvez tivessem se perdido, caso não tivessem contato com o pulso firme de um benfeitor encarnado.
          Não é só obter do médium o que ele possa oferecer, sem noção de suas lutas para ser fiel ao compromisso assumido. Se a poda periódica é indispensável à árvore, objetivando-lhe o fortalecimento, o adubo igualmente o é.

(Lição nº 15 do livro Conversando com os Médiuns-Carlos Baccelli/Odilon Fernandes)





































Colaboração de ceres

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